quinta-feira, 2 de outubro de 2014

HOSPITAL ÁLVARO ALVIM REDUZ ATENDIMENTO PELO SUS

(Foto:Ralph Braz)
Alegando que a medida foi tomada para adequar o atual custo da verba de contratualização, referente ao Serviço Único de Saúde (SUS) repassada pela Prefeitura de Campos, o Hospital Escola Álvaro Alvim teve que reduzir a oferta de serviço. A informação foi confirmada pelo diretor geral da instituição, Luiz Eduardo Castro. Segundo ele, a adequação começou a ser realizada na quarta-feira (1º). Mas o diretor informou que a secretaria de Saúde não estaria fazendo o repasse integral para a unidade, existindo também pendências de outros meses. Já o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, disse que a Prefeitura está adequando o que está acordado em contrato e que vai fiscalizar se a unidade de saúde vai continuar a ofertar 60% de atendimento pelo SUS, como determina o documento.

De acordo com Luiz Eduardo Castro, o serviço não vai ser paralisado. No entanto, como o governo municipal se adequou a um valor menor, a unidade de saúde também teve que adequar à oferta. Segundo ele, a medida adotada pelo hospital foi informada a secretaria de Saúde, Conselho Municipal de Saúde e Núcleo de Controle e Avaliação. “O valor repassado é insuficiente para suprir o custo de materiais, profissionais e fornecedores. Vamos continuar prestando os serviços, porém de acordo com o atual valor”, disse.

Doutor Chicão informou que o contrato de contratualização é com a instituição e não com serviços ofertados por ela. “Se o Hospital Álvaro Alvim não estiver prestando o seu dever, vamos procurar pelo serviço em outros hospitais. Não podemos deixar a população prejudicada”, relatou o vice-prefeito e secretário de Saúde.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Campos, José Roberto Crespo, declarou que a tabela do SUS está defasada há mais de 15 anos e que a prefeitura deveria divulgar na imprensa local os repasses feitos mensalmente aos hospitais conveniados. “Em Campos, cerca de 90% da população é atendida pelo SUS. O valor do repasse do SUS é inviável para pagar os custos do serviço. A secretaria de Saúde deve informar em relação a dia e valores dos repasses realizados por ela”, finalizou o presidente.

Em nota, a assessoria de Comunicação da secretaria de Saúde informou que a secretaria de Saúde está em dia com suas obrigações administrativo-financeiras e repassou às instituições conveniadas, este ano, R$ 95.127.470,78 milhões de recursos provenientes dos royalties do petróleo e de recursos federais. Deste total, o Hospital Plantadores de Cana (HPC), Santa Casa de Misericórdia (SCM), Hospital Beneficência Portuguesa (HBP), Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA) e o Grupo IMNE receberam, juntos, R$ 79.819.185,71.






Fonte: Folha da Manhã