quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

REUNIÃO DO COOPAN DEBATE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE CAMPOS

Fotos: Ralph Braz

Após a polêmica demolição do Casarão da Família Silva Pinto, localizado na esquina da avenida 13 de maio , vêm gerando grandes discussões acerca da preservação patrimonial do município de Campos, o Conselho de Preservação do Patrimônio Arquitetônico Municipal (COOPAN), promoveu na manhã desta quarta-feira (16/01), uma reunião no Teatro de Bolso, a fim de debater sugestões para a preservação dos prédios históricos ainda existentes na cidade.



Estiveram presentes autoridades como o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Campos, Carlos Fernando Monteiro, o secretário de Meio Ambiente, Wilson Cabral, o presidente do Teatro Trianon, João Vicente e o professor do Instituto Federal Fluminense (IFF) e Design Gráfico, Pesquisador e Historiador, Leonardo Vasconcellos.



Segundo o presidente do COOPAN, Orávio de Campos Soares, todas as tendências e sugestões expostas irão compor um relatório que será enviado para a Procuradoria Geral do Município e para a prefeita Rosinha Garotinho. 

Em seu discurso ele ressaltou a importância da conscientização da preservação patrimonial na sociedade e até mesmo trabalhar com a base de incluir na grade curricular das escolas a educação patrimonial.

“Na realidade nós anotamos as sugestões e iremos receber outras pelo e-mail culturacamposrj@gmail.com .Há uma preocupação geral sobre isso. Penso que essa assembleia foi altamente produtiva, umas das mais relevantes, onde também reunimos representantes da sociedade. E com isso, a ideia de que a preservação patrimonial é também da sociedade. Existem leis que não são tão vigorosas no sentido de punir a desobediência civil”, disse ele completando que, no caso da demolição do Casarão da Família Silva Pinto, localizado esquina da Rua Saldanha Marinho com a Treze de Maio, o proprietário não hesitou em desafiar os poderes institucionalizados.

Para o secretário de Meio Ambiente, Wilson Cabral, a reunião parte da situação deflagrada do Casarão da Família Silva Pinto, onde medidas estão sendo tomadas e discussões de outros prédios tão importantes foram debatidas, pois precisam estar protegidos.



“A partir desse mau exemplo, esperamos que outras demolições que estão deteriorando o patrimônio histórico sejam deflagradas. E estamos aqui para buscar alternativas tanto no aspecto jurídico tanto no de fortalecimento do COOPAN”.

A professora do IFF e que faz parte da coordenação de arte e cultura da instituição, Kátia Macabu, falou sobre a defesa do patrimônio do município. “Aquele prédio vai ser o símbolo pela nossa luta e precisamos envolver a sociedade de todas as formas. Todo lugar é área de cultura”, disse ela que ainda sugeriu a criação de um blog ou site para que as pessoas possam apresentar suas sugestões, a criação de uma equipe para realizar a triagem dessas informações e uma audiência pública na Câmara de Vereadores.


O designer gráfico, Leonardo Vasconcellos, sugeriu a criação de um catálogo com todos os imóveis ainda existentes e uma cartilha para os proprietários apreenderem como lidar com esses tipos de patrimônios.

“Em uma única rua se tinha uma aula em Campos e hoje em dia se tem estacionamentos. Se eu não tiver nas casas o diferencial, estou em qualquer cidade. A velocidade dessa destruição é assustadora. O proprietário do Casarão da Família Silva Pinto não ficou preocupado, porque sabe que a punição é mínima”, disse ele que ainda concluiu que, em sua opinião o terreno deveria ser desapropriado para a construção de uma praça, além de destacar a importância da conscientização.


Fonte: Ururau