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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Arquivo X : PF faz busca e apreensão de documentos na sede da OSX, de Eike

(Foto: Reprodução)
A Polícia Federal e a Receita Federal cumpriam, desde às 5h30 desta quinta-feira (22), mandados de busca e apreensão na sede da petroleira e construtora naval do empresário Eike Batista, a OSX, que fica no décimo andar de um prédio no Centro do Rio de Janeiro. A ação intitulada "Operação Arquivo X" faz parte da 34ª fase da Operação Lava Jato.

Em torno de 10h os agentes saíram da empresa carregando pastas e envelopes, mas não falaram com a imprensa. No local, ninguém foi detido ou conduzido coercitivamente.

Ao todo, na cidade do Rio estão previstos 13 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão temporária e cinco mandados de condução coercitiva.

Segundo a PF, o nome dado à investigação policial "é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do 'X' nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial".

Nesta fase da operação são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de 02 plataformas (P-67 e P70) para a exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas FSPO´s (Floating Storage Offloanding), informou a Polícia Federal, em nota.

Executivos da OSX e da Mendes Júnior Trading e Engenharia também são alvo desta operação, segundo o Bom Dia Brasil. As investigações apontaram que em 2012, os dois consórcios fecharam um contrato de 922 milhões de dólares com a Petrobras, apesar de "pouca experiência nessa área", segundo os investigadores, que apontaram ainda que as empresas teriam conseguido esses contratos mediante pagamento de propinas.

O G1 tentou contato com a OSX, que está em recuperaçao judicial desde 2013, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido retorno.

Ex-CEO da OSX chega à PF
Em torno de 9h40, o ex-presidente da OSX, Luiz Eduardo Carneiro, chegou à sede da Polícia Federal no Centro do Rio.

Em delação premiada em 2015, Eduardo Vaz da Costa Musa, ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, declarou que o CEO da OSX sabia do esquema e que participou de pelo menos uma reunião referente ao assunto. O delator disse que não sabe se Eike Batista "tomou conhecimento desses fatos", mas que o presidente mantinha contato frequente com Carneiro.

Na época, a OSX informou, em nota, que iria instaurar um procedimento interno para apurar as denúncias de Eduardo Musa. "A atual Administração da OSX – Diretoria Executiva e Conselho de Administração – ressalta que conduz os negócios da Companhia e de suas subsidiárias sempre em observância das melhores práticas de mercado e não coaduna com qualquer eventual prática de atos em desconformidade com a lei", diz trecho da nota.

Ainda de acordo com a PF, o então ministro Guido Mantega, preso nesta quinta-feira, teria pedido 5 milhões de reais ao empresário Eike Batista para bancar despesas de campanha do Partido dos Trabalhadores (PT). A OSX teria fechado contrato com uma empresa de fachada de publicitários já envolvidos e presos na Operação Lava Jato, e esses repasses teriam se dado em contas no exterior.

Eike diz que apagou US$ 2,35 milhões ao PT

Segundo o MPF, Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, declarou em depoimento que, em 1/11/2012, "recebeu pedido de um então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras" - Mantega - para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do Partido dos Trabalhadores (PT).

"Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes. Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19/04/2013 foi realizada transferência de US$ 2.350.000,00, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários", continua o MPF em nota.





Fonte: O Globo  | G1

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Plano de recuperação da OSX está 75% implantado

(Foto: Dado Galdieri | Bloomberg)
Um ano e meio após a homologação, a OSX, empresa de construção naval do grupo criado pelo empresário Eike Batista, está com três quartos de seu plano de recuperação judicial implantado, afirmou nesta quinta-feira, 14, o presidente da companhia, Eduardo Farina. Ainda assim, falta vender duas plataformas flutuantes (FPSOs), o que não deverá ocorrer antes de meados de 2017, segundo Farina.

"O mercado está difícil porque há excesso de oferta", afirmou Farina ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antes de participar de reunião promovida pela Apimec, no Rio. O executivo citou os preços globais do petróleo e a diminuição dos investimentos da Petrobras, maior contratante de FPSOs no mundo, como motivos por trás da sobreoferta.

Pelo lado da geração de receitas, Farina está "moderadamente" otimista. A melhora no humor empresarial e o avanço no projeto do Porto do Açu, no litoral norte do Rio, elevaram os contatos comerciais da OSX.

Conforme o plano de recuperação, a locação de uma área de 3,2 milhões de metros quadrados no Porto do Açu, para atividades de construção naval, apoio à operação off-shore e montagem industrial, será a principal fonte de receita da OSX. O projeto portuário foi concebido pelo grupo de Eike, para funcionar como complexo industrial e de construção naval. A OSX, além de operadora de plataformas off-shore, teria um estaleiro ali.

Segundo Farina, quando estiver 100% alugada, a área poderá render US$ 100 milhões ao ano para a OSX. Nenhum contrato de locação foi assinado, mas, segundo o executivo, a companhia tem recebido duas visitas por semana de clientes em potencial, na esteira da melhora no cenário do setor de petróleo e gás.

Farina citou a alta nas cotações do petróleo, a nova diretoria da Petrobras, indicada pelo governo do presidente em exercício Michel Temer, o avanço do projeto de lei que tira a obrigatoriedade de a Petrobras operar e participar com pelo menos 30% de todas as áreas do pré-sal e a perspectiva de uma licitação de áreas do pré-sal ano que vem como razões para a melhora.

Ainda assim, Farina cobrou uma gestão fiscal mais séria por parte da nova equipe econômica, com mais austeridade. "O governo poderia ser mais ousado", disse o presidente da OSX.

A OSX entrou em recuperação judicial com R$ 5,5 bilhões em dívidas. Em janeiro deste ano, Eike repassou ao Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, 28,79% das ações ordinárias da OSX. No total, o empresário transferiu suas ações em quatro empresas para o Mubadala, sócio do Grupo X desde 2012. Eike deixou de receber um salário anual de US$ 5 milhões, mas extinguindo de vez uma dívida total de US$ 2 bilhões com o fundo.






Fonte: Exame

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

EM SÃO JOÃO DA BARRA, ÓRFÃOS DE EIKE BATISTA TENTAM SOBREVIVER


(Foto: Ricardo Moraes)

Eles não estão incluídos no processo de recuperação e não vão fazer parte de nenhum cronograma de pagamento de dívidas. São a ponta menos visível da crise do grupo X, do empresário Eike Batista: pequenos empreendedores que investiram para aproveitar oportunidades no Porto do Açu e agricultores desalojados para construção de um distrito industrial na Zona Rural de São João da Barra, Norte Fluminense, local do empreendimento.

Com a suspensão das obras do estaleiro da OSX, que também pediu recuperação judicial, o clima é de apreensão no município de 35 mil habitantes. Desde abril, quando a crise se aprofundou, o movimento no comércio despencou e muitos empresários passaram a conviver com calotes da clientela. 

Dos empreendimentos previstos, incluindo siderúrgicas e um polo metal mecânico, apenas o terminal de minério de ferro e duas fabricantes de equipamentos petrolíferos continuam em obras. A maior parte do terreno do porto permanece como estava antes da chegada da empresa: com grandes pastos e áreas de restinga. A população tem esperança de dias melhores, embora saiba que o empreendimento não terá o mesmo porte inicial. 

“Está abandonado!”, gritou o motorista de ônibus ao ver a reportagem ao lado da cerca das obras do estaleiro da OSX, em São João da Barra, norte fluminense. Lá dentro, apenas um imenso galpão sem trabalhadores ou máquinas operando confirma: as obras estão suspensas. 

A desmobilização jogou uma pá de cal sobre as expectativas dos moradores da região, que, desde o início das obras do porto, colhiam os lucros da intensa movimentação de empregados das empreiteiras e prestadoras de serviço contratadas pelo empreendimento.

(Foto: Fernando Souza / Agência O Dia)

“Vendia 800 quentinhas”

“Cheguei a vender 800 quentinhas por dia”, conta Paulo de Freitas Bastos, dono de um restaurante. “Hoje, não passa de 200”, conclui. Ele deixou a capital em 2007 rumo ao município, atraído pelas oportunidades que o porto geraria. Bastos se viu envolvido na espiral de calotes que assolou a região após o começo da crise. Hoje tem aproximadamente R$30 mil a receber.

“Antes de abril, tinha fila de ônibus, estava lotado de trabalhadores. Agora, está deserto”, lamenta Denis Toledo, dono de uma lan house no centro de Barra do Açu, próximo ao porto.

“Chegaram de mansinho e depois nos mandaram sair” 

Pesquisador do Instituto Federal Fluminense (IFF) Roberto Moraes estima que haja R$ 2 milhões em dívidas de fornecedores das empresas X junto a empresários do Norte Fluminense. Como se tratam de subcontratados, estes credores não fazem parte do processo de recuperação judicial.

Dono de uma pousada e um restaurante na cidade, João Batista Stellet Alves prefere não revelar o prejuízo que teve. Ele investiu R$300 mil no empreendimento, inaugurada em 2012. 

“Eles primeiro chegam de mansinho, medindo as terras. Depois botam a placa e dizem que é deles”. A reclamação do produtor rural Reginaldo de Almeida, em frente ao terreno que pertence a sua família há 40 anos, foi feita com dedo em riste. Na mira, uma placa que identifica o terreno de 13 quilômetros quadrados, desapropriado para receber o polo siderúrgico da ítalo-argentina Ternium.

Com a retração do mercado de siderurgia e a entrada da empresa no grupo controlado pela Usiminas, porém, o empreendimento foi interrompido em setembro e a expectativa é que a companhia devolva as terras, hoje improdutivas. Outros produtores também foram desapropriados para as obras do distrito industrial.


A DESAPROPRIAÇÃO

A desapropriação iniciou em 2009. Estudos feitos à época definiram a necessidade de 70 quilômetros quadrados de área, antes dividida em 466 lotes de pequenos produtores rurais. Desde então, 292 propriedades já foram desapropriadas, mediante ação judicial.

Em contrapartida, o governo ofereceu em troca um assentamento próximo, além de auxílio-produção de um a cinco salários por dois anos. “Foram pagos R$ 2,8 milhões para 190 famílias, das quais 35 foram para o assentamento”, disse o governo estadual à reportagem.

Para os casos em que não houve acordo, já existem ações na Justiça e, hoje, as indenizações vem sendo feitas por depósito judicial. A resistência ao processo, que vem sendo usado como arma pela oposição ao governo Cabral, aumenta à medida em que o projeto do porto perde tamanho.

“Não precisava ter abraçado o mundo com tanta pressa. Esse porto está lá longe e nós perdemos pasto e área para plantar”, diz o produtor Manoel Peixoto, 61 anos.

Há um ano ele foi detido por resistência à desapropriação. A área de apenas um alqueire, está atualmente cercada por arame farpado. “Me agarraram pelo pescoço e me algemaram com meus dois filhos, como bandidos”, recorda. Ele lamentou terem jogado areia sobre a terra, que ficou improdutiva — mesmo que não seja mais usada pelo porto.


Fonte: O Dia

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

OSX VAI DEVOLVER ÁREAS OCUPADAS NO PORTO DO AÇU PARA LLX / EIG




A decisão da OSX de negociar a devolução de áreas de seu estaleiro no porto do Açu, no norte fluminense, pode fazer com que a empresa de construção naval de Eike Batista fique com, no máximo, metade do terreno original do projeto. Fontes ouvidas pelo Valor dizem que a empresa poderá reter entre 30% e 50% da área original do estaleiro.

No total, a OSX arrenda 3,2 milhões de metros quadrados da LLX, a empresa de logística de Eike, no Açu, em São João da Barra (RJ).

A OSX ocupa hoje uma área nobre do porto, no chamado TX2, terminal em terra ligado ao mar por um canal de navegação. O terreno do estaleiro tem saída direta para o mar e cais para atracação de navios de apoio marítimo ligados à indústria de petróleo e gás.

O conselho de administração da OSX aprovou o início de negociações com a LLX para chegar a um modelo de "estaleiro reduzido". A informação consta em ata da reunião do conselho realizada no dia 25 de outubro e divulgada ontem.

As discussões passam por devolução de áreas em contrapartida ao fim de obrigações de investimento. As negociações para devolver a área oficializam uma decisão que era amadurecida na empresa há mais tempo, segundo uma fonte que conhece o projeto.

(Foto: Fabio Braga)

O estaleiro do Açu nasceu com um projeto para construir 48 plataformas para a OGX, empresa-irmã que entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio. Como o estaleiro estava em obras, a construção de plataformas foi iniciado na Ásia com a encomenda de três unidades.

A OSX tinha previsão ainda de construir onze navios-tanque para a Kingfish, mas o contrato foi cancelado. Restam em carteira a construção de módulos para duas plataformas da Petrobras e um navio de apoio marítimo, segundo fontes próximas da empresa. Com a reestruturação da carteira, o estaleiro da OSX no Açu também vai passar por mudanças.

Os novos controladores da LLX, a americana EIG, vê no Açu potencial para desenvolver o porto como base de apoio para as operações da indústria de petróleo.

É no meio de todo este processo que a OSX, em processo de pré-recuperação judicial, informa que pretende devolver grande parte desta área para a LLX, para evitar novas dívidas com pagamento de aluguel/arrendamento. Boa parte desta área foi desapropriada pela Codin tendo o pagamento da desapropriação sido feito pela LLX, através de um convênio firmado com a Codin e com a PMSJB.


Fonte: Valor/ Blog do Roberto Moraes

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

OGX, DE EIKE BATISTA, PEDE 'CONCORDATA'



A OGX, petroleira de Eike Batista, entrou com um pedido de recuperação judicial na tarde desta quarta-feira, após não ter conseguido negociar suas dívidas com credores. O pedido abrange quatro empresas: OGX Petróleo e Gás Participações S/A, OGX Petróleo e Gás SA, OGX Internacional e OGX Áustria. O processo ficará na 4ª Vara Empresarial, cujo titular é juiz Gilberto Clovis Farias Matos.

Com a confirmação da entrada do pedido de recuperação judicial, as ações da companhia deixarão de ser negociadas no pregão da Bovespa. Os papéis ordinários fecharam em queda de 26,09%, cotados a R$ 0,17. Logo depois do pedido, a ação atingiu a cotação mínima histórica de R$ 0,16, com desvalorização de 30,43%.

A companhia acumula atualmente R$ 11,2 bilhões em dívidas no Brasil e no exterior e tem 226 credores, sendo 37 com crédito superior a R$ 1 milhão. Os maiores são os detentores de bônus, com R$ 8 bilhões. O segundo maior é a OSX, com R$ 2,4 bilhões, mas a OGX reconhece apenas R$ 700 millhões referentes à rescisão de contrato da plataforma OSX-1. A diferença é reivindicada pela empresa de construção naval do grupo EBX e quem vai decidir o valor é o juiz da 4ª Vara.

Não entrou no pedido de recuperação a OGX Maranhão, que terá injeção de recursos da Eneva, em acordo fechado nesta quarta-feira. A Eneva é a antiga MPX - cujo acionista majoritário é a alemã E.ON - e tem fatia de 33,3% da OGX Maranhão. Os outros 66,7% são da OGX. A dívida da OGX Maranhão com bancos é de R$ 600 milhões.


Fonte: O Globo

OSX RESCINDE CONTRATO COM A OGX PARA TENTAR SE SALVAR

(Fonte: Divulgação)

A OSX, empresa de infraestrutura do grupo EBX, anunciou agora à noite a rescisão de contrato de afretamento e operação da plataforma OSX-1 com a OGX, companhia do mesmo conglomerado, do empresário Eike Batista. A plataforma está no campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos.

A intenção da empresa é negociar a venda da plataforma para outro cliente e assim conseguir dinheiro para o pagamento de dívidas. Segundo fato relevante, as tratativas para desconectar a plataforma do campo já foram iniciadas. A OSX fez um acordo com credores, que deram até o dia 13 de dezembro para que a empresa tente se desfazer da plataforma.

No documento, assinado por Luiz Guilherme Esteves Marques, diretor financeiro e de relações com investidores da OSX, a empresa mostra que não perdoará as dívidas da OGX e diz que “buscará exercer seus direitos legais na obtenção de valores atrasados e verbas rescisórias previstas em contrato e na legislação aplicável”.

A OSX diz ainda que não participou da negociação entre OGX e seus credores e disse não ter responsabilidade nas informações fornecidas pela companhia em fato relevante divulgado na madrugada desta terça-feira. "Por oportuno, cumpre ainda à OSX esclarecer serem de responsabilidade única e exclusiva da cliente OGX as informações por ela disponibilizadas em adição ao conteúdo de seu Fato Relevante (...) A OSX não participou ou sequer tinha conhecimento da elaboração e/ou do conteúdo de tal documentação publicada pela cliente OGX e, assim sendo, a OSX desde já reserva todo e quaisquer direitos de que é titular em seus contratos comerciais com a cliente OGX", diz a empresa no Fato Relevante.

A intenção da OSX de renegociar seus ativos já tinha sido cogitada. Segundo fontes próximas às negociações do grupo EBX, a empresa tem chance de escapar da recuperação judicial. No entanto, precisaria conseguir vender suas três plataformas de petróleo: uma no campo de Tubarão Azul, outra na Malásia e a terceira em Tubarão Martelo.

O dinheiro com a venda desses ativos seria suficiente para pagar a dívida e ainda sobraria um pouco. Se a empresa conseguisse renegociar a dívida do estaleiro com credores, seria possível continuar produzindo sem precisar entrar em recuperação judicial.


Fonte: Época Negócios

terça-feira, 27 de agosto de 2013

MPF PEDE PARALISAÇÃO DE OBRAS NO PORTO DO AÇU



O Ministério Público Federal de Minas Gerais está pedindo a paralisação das obras do mineroduto construído pela empresa multinacional Anglo American, responsável por parte do projeto de instalação do Complexo Portuário do Açu, idealizado pelo empresário Eike Batista. A ação civil pública, que foi ajuizada em 2009, está pronta para ser julgada desde maio deste ano. O conteúdo do processo questiona a fragmentação do procedimento de licenciamento do empreendimento, tornando difícil um estudo globalizado dos impactos socioambientais provocados pelas obras nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde o porto está em construção.


O mineroduto começa no município mineiro de Conceição do Mato Dentro, que fica a 167 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas Gerais, e deságua no 5º Distrito de Barra do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, atravessando 32 municípios entre os dois estados. Pelos dutos, vem o minério de ferro que é utilizado na construção do porto. No fim de semana, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais da Universidade Federal de Minas Gerais (Gesta/UFMG), promoveram um encontro em Barra do Açu entre moradores cariocas e mineiros, afetados pelas obras da Anglo e das empresa do grupo EBX, do empresário Eike Batista, para discutir os impactos socioambientais provenientes das instalações do Complexo Portuário do Açu. O objetivo do evento foi a troca de experiências entre as populações prejudicadas.


Fonte: Jornal do Brasil

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

PORTO DO AÇU: PODE TER CAUSADO GRANDE DESASTRE AMBIENTAL EM SJB



As obras realizadas pela empresa OSX, do grupo de Eike Batista, na região do Açu, em São João da Barra, Norte Fluminense, podem ter causado uma das maiores tragédias ambientais do estado. Durante as perfurações e extração do sal para a construção do Complexo Portuário do Açu uma falha técnica em um dos tanques de transferência provocou o derrame de água salgada para os córregos, rios e propriedades de pequenos agricultores, contaminando toda a região. 



As denúncias são do geógrafo Marcos Pedlowski, doutor em Environmental Design And Planning - Virginia Polytechnic Institute and State University, que está desenvolvendo pesquisas de campo nos terrenos afetados. O impacto ambiental também está em análise por cientistas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), que já constataram que tanto a água quanto o solo da região sofreram contaminação, apresentando um aumento expressivo de salinidade, que pode representar danos irreversíveis para a natureza e, consequentemente, para a economia do lugar, que tem base na agricultura e pecuária.


Segundo Marcos Pedlowski, a primeira queixa partiu de um agricultor no bairro de Água Preta, em novembro do ano passado, que notou um sabor estranho na água que estava consumindo. Amostras de água e solo deste agricultor foram encaminhadas ao Laboratório de Ciências Ambientais (LCA) da Uenf, que constatou através de testes com equipamentos de precisão que o nível de sal no líquido colhido estava muito além do normal. Os estudos foram conduzidos pelo biólogo Carlos Rezende, que continua prestando apoio aos agricultores do Açu, com orientações técnicas que visam amenizar os efeitos da salinização no uso familiar.



Rezende explicou que as montanhas de areias extraídas pelas dragas da OSX e colocadas num aterro hidráulico, não tiveram a contenção adequada e a água salgada migrou para o solo das áreas mais baixas. “Precisa de um plano eficiente de contingência do sistema de drenagem, para evitar falhas como essa. É só imaginarmos que, numa dragagem, 70% do resíduo é água e somente 30% sólido. Isso é básico”, disse o biólogo.


Para o geógrafo Marcos Pedlowski, a questão da contaminação do solo e da água em São João da Barra é muito séria e representa grave risco à saúde da população. “O processo de salinização da terra é acelerado e irreversível, pode prejudicar a fauna, a agricultura e, principalmente, as pessoas que consumirem os alimentos e a água contaminada”, alertou Pedlowski. Segundo ele, a prefeitura de São João da Barra não está realizando o monitoramento da água distribuída na região, serviço que é da sua competência e as conseqüências podem ser ainda mais sérias.




Fonte: Jornal do Brasil

domingo, 23 de junho de 2013

EIKE BATISTA DÁ CALOTE DE R$ 500 MILHÕES NA ACCIONA



A OSX, estaleiro que pertence ao grupo EBX do empresário Eike Batista, deu calote em ao menos um fornecedor e está sendo pressionada por bancos a pagar ou renegociar R$ 2 bilhões em dívidas de curto prazo. 

Segundo a Folha de S. Paulo, a empresa não honrou um pagamento de cerca de R$ 500 milhões à construtora espanhola Acciona. 

As negociações entre as duas empresas prosseguem, mas a Acciona não descarta pedir a falência da OSX. Os espanhóis estavam construindo o píer de atracação de navios do estaleiro da OSX no porto do Açu, em São João da Barra (RJ). 



A OSX informou por nota que "os contratos com fornecedores têm cláusulas de confidencialidade que impedem a empresa de comentar". Os porta-vozes da Acciona na Espanha não foram localizados pela publicação.

A Acciona é uma das principais fornecedoras da OSX. Segundo o balanço do primeiro trimestre do ano, a OSX deve R$ 724 milhões a fornecedores - R$ 623 milhões a companhias de fora do País. No último ano, o valor de mercado das companhias do "império X" (que reúne OGX, MPX, OSX, LLX, MMX e CCX) caiu R$ 36 bilhões, para R$ 9,74 bilhões. 


Segundo o jornal, as dívidas bancárias da OSX com vencimento nos próximos 12 meses chegam a R$ 1,922 bilhão. Conforme nota da OSX, suas dívidas de curto prazo estão "equacionadas". Na última quarta-feira, uma liminar da Justiça do Trabalho determinou que a OSX reintegre 331 funcionários que foram demitidos desde janeiro. A empresa disse que está tomando as medidas cabíveis.


Fonte: Jornal do Brasil

quinta-feira, 13 de junho de 2013

PORTO DO AÇU: EMPRESA PRETENDE DEMITIR 200 TRABALHADORES




A ameaça de demissões no Superporto do Açu, no litoral de São João da Barra, continua. Ontem, durante uma reunião ocorrida pela manhã na sede do sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, em Campos, com representantes de empreiteiras, não houve acordo. Segundo o presidente do sindicato, José Eulálio, só a Armatec informou que pretende demitir 200 trabalhadores na próxima segunda-feira, o que não foi aceito. “Isso seria descumprimento do acordo que foi firmado entre o sindicato e as empresas”, afirmou Eulálio, lembrando que, pelo que foi acordado desde que se iniciou a crise no megaempreendimento, há alguns meses, não pode haver mais de 40 demissões a cada 15 dias.

O sindicato também quer informações documentadas sobre o real número de demissões nas obras do Superporto. Há pouco mais de duas semanas, a entidade havia confirmado 1.460 trabalhadores dispensados. Na reunião de ontem, nenhum representante da OSX compareceu à entidade. “Na reunião de hoje (ontem), a Armatec informou que pretende demitir os 200, mas a ETE se comprometeu em manter os trabalhadores”, afirmou o dirigente sindical, mostrando-se preocupado com o futuro da categoria que atua nas obras.



Hoje está marcada nova reunião, às 11h, também a portas fechadas, para tentar resolver o impasse sobre possíveis demissões. A crise no Superporto do Açu vem de alguns meses, mas ganhou dimensão maior depois que a coluna Holofote, da revista Veja, publicou informação apontando que as fundações e estruturas do megaempreendimento, que está sendo construído pela LLX, e do Estaleiro, pela OSX, estariam apresentando problemas, correndo o risco de afundar. Na ocasião, o Ministério Público Estadual de Campos requisitou ao Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) a realização de vistoria nas obras.

Além das 1.460 demissões confirmadas pelo sindicato, dados apresentados no dia 27 de maio durante audiência no Ministério Público do Trabalho em relatório realizado pela força-tarefa do órgão apontavam para 23 visitas que culminaram em 204 autos de infração por descumprimento da lei por parte das empresas contratadas.



Em nota, a assessoria da LLX garantiu que nenhum representante do grupo participou da reunião no sindicato, embora Eulálio tenha afirmado que sim.

O gerente administrativo da Armatec, identificado apenas como Igor, num primeiro contato feito pela Folha, por telefone, informou que falaria posteriormente porque estaria numa reunião. Contatos foram feitos no início da noite, sem êxito. 

Já a assessoria da OSX informou que “Conforme divulgado em Fato Relevante pela OSX em 17 de maio, o novo Plano de Negócios da companhia prevê o faseamento das obras de implantação do estaleiro do Açu, tendo em vista a atual carteira de encomendas da companhia e o cenário do mercado no País. Diante deste faseamento, estão sendo realizadas adequações no quadro de colaboradores próprios e de terceiros alocados na construção do empreendimento. A companhia reafirma a sua percepção quanto ao valor estratégico do projeto original do estaleiro e reafirma sua expectativa de que as medidas que ora são adotadas preservam o objetivo de concluir a construção do empreendimento no longo prazo, mediante novas demandas e investimentos de capital correspondentes”. A nota também afirmara que “O referido sindicato não representa a companhia...”.


Fonte: Folha da Manhã (Cilênio Tavares)

quinta-feira, 6 de junho de 2013

PORTO DO AÇU: ICEC ENGENHARIA CONFIRMA 1.200 DEMISSÕES

(Foto: FAETEC)

A Icec Engenharia, empresa paulista especialista em montagens industriais, confirmou a demissão de 1.200 funcionários que atuavam na construção de galpões no estaleiro da OSX, no Superporto do Açu.

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o processo de demissões começou no dia 17 de maio. Funcionários demitidos, que preferiram não ser identificados, contam que mais de 500 pessoas foram demitidas somente nos últimos dias.

A assessoria de imprensa da Icec divulgou nota sobre o assunto. Leia na íntegra:

A OSX e a ICEC/CMI concluíram as obras da primeira etapa de edificação de estruturas metálicas no estaleiro do Açu, atividade então sob responsabilidade da ICEC/CMI. Outras etapas previstas no contrato entre as empresas foram renegociadas em comum acordo, devido ao faseamento da implantação do estaleiro anunciado pela OSX em 17 de maio. Desta forma, a ICEC/CMI realizará as readequações necessárias para atender suas atividades remanescentes nesta primeira fase do empreendimento.



Fonte: SJB online

terça-feira, 4 de junho de 2013

PORTO DO AÇU: EBX EXTINGUE DIRETORIA DE SUSTENTABILIDADE E DEMITE MAIS DE 50



O grupo EBX, de Eike Batista, extinguiu a sua diretoria de sustentabilidade, criada em 2010. O diretor da área, Paulo Monteiro, deixou o cargo e irá atuar como consultor da empresa.

Procurada, a holding não quis comentar a informação. Segundo o "Valor", mais de 50 funcionários foram demitidos.

Em 2010, a MPX, empresa de energia de Eike, divulgou comunicado ao mercado informando que a criação da diretoria "aprimorava as práticas de sustentabilidade do grupo" e anunciando a criação do Conselho Ambiental e Social.

Na época, Monteiro acumulava o cargo de diretor de novos negócios e meio ambiente da MPX.

O conselho, que foi originalmente instituído pela MPX, foi transferido para a EBX. O motivo seria ampliar o seu escopo de atuação, "passando a abranger todas as empresas do grupo".

Entre as atribuições da diretoria estavam a elaboração e execução do plano de sustentabilidade do grupo.

Outra companhia do grupo, a OSX (estaleiros), demitiu cerca de 300 funcionários desde abril, em um processo de readequação de suas atividades, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa.


Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PORTO DO AÇU: OSX DEMITE 170 FUNCIONÁRIOS DO ESTALERIO


(Foto: Todd Baxter/CNN)

A OSX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, informou que no início da semana houve desligamento de cerca de 170 funcionários alocados no projeto de construção do estaleiro em construção no porto do Açu.

A empresa diz em nota, nesta quarta-feira (22), que "os ajustes realizados no quadro de funcionários fazem parte de um processo de adequação da equipe ao novo ritmo de implantação do estaleiro, conforme anunciado na última sexta-feira (17/05), tendo em vista a atual carteira de encomendas da companhia e o cenário do mercado no país".

A OSX aponta ainda que, com a redução da equipe de colaboradores do estaleiro, "é natural que serviços de apoio e terceirizados também passem por adequações".

As demisssões se somam a outras 160, ocorridas metade em março e metade em abril, de um quadro de cerca de 600 trabalhadores.

Ritmo reduzido
Na semana passada, o presidente da OSX, Carlos Bellot, afirmou que as obras do estaleiro da companhia como um todo têm ritmo reduzido atualmente, aguardando a reformulação do plano de negócios, segundo o Valor Online.

Segundo o executivo, 50% das obras previstas foram concluídas.

O estaleiro está em construção no porto do Açu, em São João da Barra, região Norte do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: G1

terça-feira, 21 de maio de 2013

PORTO DO AÇU: ACCIONA CONFIRMA DEMISSÕES

(Foto: O Globo)

Centenas de funcionários da Acciona, empresa prestadora de serviços da OSX, estiveram na manhã desta terça-feira (21/05), no Campo do Goytacaz, no Centro de Campos. Segundo trabalhadores que preferiram não se identificar, eles foram convocados para terem seus contratos encerrados. “Viemos para sermos demitidos”, disse um deles.

O Sindicato dos trabalhadores na Construção Civil confirmou que a OSX determinou que a Acciona demita mil funcionários.

O ajudante Marcio Rosa foi um dos demitidos. Ele trabalhava na empresa há três meses e ficou surpreso com a notícia da demissão. “Viemos para a reunião que tem toda terça-feira com esperança de uma notícia melhor, mas ficamos sabendo que fomos demitidos. É um absurdo. A empresa alegou que não tem condições de manter nossos salários e preferiu demitir os trabalhadores em massa. A maioria de nós tem família para sustentar e sem emprego é impossível”, disse.

Em nota, a Acciona Infraestrutura esclareceu que iniciou um processo para adequar a sua organização ao ritmo de execução previsto em seus contratos com a OSX. Este processo tem sido negociado com o Sindicato e vai culminar na redução do número de funcionários atualmente nos contratos.

No início de maio, a empresa já havia reunido centenas de trabalhadores na sede do Goytacaz para comunicar que eles ficariam em casa, sem prejuízo de seus salários. Dois dias depois, três ônibus levaram trabalhadores que foram demitidos para seus estados de origem.


Fonte: Ururau

sábado, 18 de maio de 2013

LLX FECHA ESCRITÓRIO EM SÃO JOÃO DA BARRA



O blog do Roberto Moraes teve a informação sobre o fechamento do escritório da LLX, na sede do município de São João da Barra. O escritório funciona desde 2008, na rua São Benedito, perpendicular à Thomaz de Aquino, no centro de São João da Barra.

O blog considera este um símbolo importante para o município de São João da Barra, sede do empreendimento do Complexo do Açu.

Por considerar que esta informação tem desdobramentos importantes, tanto sob o ponto de vista político (e simbólico) quanto político e econômico, o blog fez questão de entrou em contato ontem com a Assessoria de Imprensa da LLX para confirmar a informação.

Na noite de ontem, sexta-feira (17/05) recebeu a resposta:

"Roberto, tudo bem?Conforme falamos ao telefone, o escritório da LLX em São João da Barra não está fechado porém o planejamento é de mudança de todas as equipes para o empreendimento.
Qualquer duvida estou a disposição.
Sds."
A informação oficial da LLX confirma então o fechamento do escritório na sede do município, embora, negue que o fato tenha relação com a reestruturação o grupo EBX, como forte repercussão, especialmente, na OSX. Assim, a LLX confirma o fechamento, como decisão de um planejamento anterior, que prevê a concentração das atividades nas instalações junto ao Porto do Açu, na localidade do mesmo nome.

A fonte do blog informou ainda que muitos trabalhadores da LLX que atuavam no escritório, na sede do município em SJB, já tinham sido transferidos para a área administrativa do Porto do Açu. Isto foi confirmado pela Assessoria de Imprensa que disse que o encerramento das atividades do escritório na sede em SJB deve levar um tempo um pouco superior a trinta dias, mas efetivamente acontecerá.

O fato pode não estar relacionado à crise e aos cortes de despesas do grupo, com orientação do Banco BTG Pactual, mas, efetivamente representa, um esvaziamento das intenções do município, em relação ao empreendimento no antigo 5º Distrito.

É um fato mais que simbólico a ser considerado em todo este processo de implantação do Complexo do Açu. Continuemos acompanhando.


Fonte: Blog do Roberto Moraes