sexta-feira, 27 de julho de 2018

Casos de sarampo dobram em uma semana no Estado do Rio

(Marcello Casal Jr / Agência Brasil)
A Secretaria Estadual de Saúde informou, nesta quinta-feira, (27/ 07) que os casos de sarampo no Estado do Rio aumentaram para 14, sendo dois em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e um em Niterói. O número é o dobro do divulgado na semana passada, de sete casos.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria, Alexandre Chieppe, todas as ocorrências têm ligação com os primeiros casos identificados em duas alunas da UFRJ, no início do mês. "Um sinal de alerta acendeu, mas a contaminação ainda é baixa. As ações de bloqueio estão sendo realizadas", disse.

O aumento de casos, no entanto, é possível nos próximos meses. Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. "Como é uma doença que está sendo reintroduzida é difícil prever, mas é possível o crescimento da infecção. Por isso, é essencial a vacinação, tanto em crianças como em jovens e adultos que não tomaram as duas doses da vacina", explicou o subsecretário.

Nos postos de saúde, a primeira vacina, a tríplice viral, é dada aos 12 meses, e a tetraviral aos 15 meses. "Os adultos devem resgatar o histórico de vacinação para avaliar se devem ser imunizados", acrescentou Chieppe.

No dia 6 de agosto, o Ministério da Saúde iniciará a campanha de vacinação contra o sarampo para crianças de 1 a 4 anos. Já o dia D, com postos extras pelo estado, será no dia 18 de agosto. A vacina, contudo, é oferecida regularmente e de graça em todos os postos de saúde para pessoas de até 49 anos.

Para o infectologista Celso Ramos, o aumento do número de casos da doença tem relação com o descuido da população se vacinar.

"O sarampo é uma doença altamente contagiosa e já teve uma taxa de mortalidade muito alta. É uma enfermidade que permite o aparecimento de pneumonia, tuberculose, entre outros".

Os sintomas do sarampo são febre alta, coriza, tosse e lesões vermelhas na pele. Em 2017, dados do Ministério da Saúde apontam que imunização no país foi de 85,21% na primeira dose e de 69,95% na segunda dose.









Fonte: O Dia