quinta-feira, 30 de abril de 2015

PROFISSIONAIS DO HOSPITAL FERREIRA MACHADO PROTESTAM

(Foto: Michelle Richa | Folha da Manhã)
A insatisfação com a Saúde de Campos ficou mais uma vez evidenciada nesta quinta-feira (30), quando profissionais de nível superior, entre eles médicos, do Hospital Ferreira Machado (HFM), fizeram um protesto questionando as condições de trabalho na unidade e reivindicando o pagamento na gratificação e complementação de alguns médicos, que seriam vinculados ao ministério da Saúde e Estado. Eles também reclamaram da disparidade no pagamento de salários até mesmo entre profissionais que executam a mesma função.

A conturbada relação entre médicos e Prefeitura começou após a Câmara de Campos ter aprovado um “pacote de maldades”, com “medidas econômicas” enviado pela prefeita, que incluía o corte total da gratificação de médicos plantonistas. Os profissionais entraram em greve. Durante quase dois meses, o impasse seguiu entre a categoria, até que um encontro entre representantes do sindicato e da Prefeitura definiu pela volta do benefício, mas com redução de 20%. No entanto, segundo os denunciantes, o acordo que pôs fim ao estado de greve só aconteceu porque a Prefeitura teria aceitado manter também o benefício para os vinculados ao ministério da Saúde e Estado.

De acordo com o médico neurocirurgião Paulo Romano, além da falta de pagamento da gratificação, assim como ele, outros profissionais não receberam 4 horas extras e adicional de insalubridade. “A Prefeitura cobra da gente, mas deixa a desejar, inclusive na estrutura do hospital. Está um caos fisicamente, estruturalmente e profissionalmente. Eles pagam cada um de um jeito e o profissional nem sabe como vai pagar as suas contas. Paga ao Deus dará”, disse.

O médico também aponta deficiência no tomógrafo da unidade que, segundo ele, seriam de má qualidade para a realização de alguns exames mais precisos.

Saúde na berlinda - Problemas na Saúde de Campos e na região tem levado o Ministério Público Federal (MPF) a realizar uma série de inspeções em unidades. Agentes do MPF já vistoriaram o Hospital São José, as unidades pré-hopitalares de Travessão e Ururaí, além do Hospital Geral de Guarus (HGG), onde encontraram irregularidades.






Fonte: Folha da Manhã