(Fotos: Ralph Braz) |
Todos os anos turistas e moradores das áreas litorâneas de toda a região costumam se esquecer de um detalhe importante na hora de escolher a melhor praia para se divertir durante a alta temporada — detalhe esse que pode trazer conseqüências para toda a programação das férias de verão: os índices de balneabilidade (IB) dos corpos de água, importante recurso para a verificação da qualidade dos ambientes aquáticos – sejam águas interiores ou oceânicas – aonde predominam intensa atividade humana. A atenção dos banhistas deve estar redobrada, pois nem todas as áreas de recreação são recomendadas.
Os levantamentos mais recentes denunciam a presença de agentes nocivos à saúde, como bactérias e substâncias tóxicas, nas águas de alguns dos pontos mais movimentados do litoral Norte Fluminense.
Em Campos, as praias de Farol de São Tomé, Barra Velha e São Tomé estão liberadas para banho. Em São João da Barra, a Lagoa de Grussaí e a praia de Chapéu do Sol também tem acesso recomendado, mas as praias de Atafona e Grussaí não estão liberadas, estão com coliformes fecais acima do permitido. Durante a alta temporada, o número de pessoas na cidade quase triplica.
Uma possível explicação pode ser a poluição do Rio Paraíba do Sul, que recebe muito esgoto e se mistura com a água do mar chegando às praias. A prefeitura tem responsabilidade de colocar placas informando sobre a contaminação.
Para o Réveillon são esperadas 80 mil pessoas em São João da Barra. A prefeitura do município disse que já começou a alertar os banhistas sobre a situação das praias.
Em São Francisco de Itabapoana, as praias de Manguinhos, Sonho, Tropical, Itaperuna e Gargaú são recomendadas, mas Sossego e Guaxindiba estão contaminadas.
DIVULGAÇÃO DA QUALIDADE DAS PRAIAS
A divulgação da qualidade das águas das praias para balneabilidade é feita por meio de Boletins semanais (para as praias monitoradas semanalmente), encaminhados para a imprensa.
A qualidade das praias também está disponível em nosso site.
Anualmente, os dados são elaborados, analisados e publicados na forma de Relatórios; estes encontram-se disponíveis para consulta na Biblioteca.
RECOMENDAÇÃO AOS BANHISTAS
De modo geral, não são graves as doenças associadas ao banho de mar, constituindo-se, fundamentalmente, em gastroenterites e infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta, sendo mais suscetíveis de adquiri-las as crianças, os idosos, e pessoas com baixa resistência imunulógica.
Ainda que o padrão de balneabilidade do Conama/2000 seja fundamentalmente estético, pode-se inferir que águas muito contaminadas, isto é, com altos níveis de coliformes fecais (termotolerantes), oferecem maior risco à saúde humana pela possibilidade da presença de organismos patógenos.
Evitar o banho de mar pelo menos até 24 horas após a ocorrência de chuvas;
Evitar o banho de mar nas praias que sofrem influência direta de rios, canais e córregos afluentes, principalmente após a ocorrência de chuvas;
Evitar o banho de mar sempre que observados sinais de poluição, tais como trechos com presença de línguas negras;
Evitar o banho de mar nas praias NÃO RECOMENDADAS.
Fonte: INEA/ Folha da Manhã