segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Rosinha empurra investigação do Cheque Cidadão com a barriga

(Foto:  Ralph Braz | Pense Diferente)
Na linguagem fria e pouco transparente de seus diários oficiais, a prefeita Rosinha baixou portaria prorrogando por 30 dias o que chamou de prazo exíguo para apurar eventuais desvios de finalidade do programa cheque cidadão. A autoridade municipal considera curto o espaço de tempo para apurar algo que ao atual Governo não interessa mexer – uma vez que todos os políticos envolvidos na troca de cheques por votos integram os partidos que apoiam este governo. É só conferir.

Ao final de 30 dias – quase no Natal e às vésperas de entregar o cargo para Rafael Diniz – o que acha o leitor que constará desse relatório? Dirá no Diário Oficial que “os esforços de apuração não localizaram quaisquer irregularidades e que todo o processo eleitoral transcorreu dentro da normalidade” ou admitirá que “foram constatados flagrantes delitos eleitorais que macularam a lisura da coligação que apoiava o candidato do Governo à prefeitura”?

Ao anunciar a concessão de maior prazo para a investigação e para a confecção de “relatórios pormenorizados” era de se esperar que a prefeita informasse que forças e inteligências de investigação foram convocadas para apuração tão eficaz.

Na verdade, esse governo tenta contar com um tempo do qual não mais dispõe desde que a mandala girou – e muitos ainda não se deram conta disso.

As ações contra Miguelito, Ozeias, Roberto Pinto, Kellinho, Thiago Ferrugem, Thiago Virgílio, Jorge Rangel, Magal, Linda Mara, Ana Alice, Cecília Ribeiro Gomes, Vinícius Madureira e tantos outros avançam de forma irreversível.

De nada adiantará ao Governo Municipal apresentar um relatório de apuração interna que aponte a total lisura da relação deste grupo político com o eleitor se uma das presas pela Polícia Federal batendo perna em Copacabana detestou a estada no presídio feminino e já “deu com a língua nos dentes” – como nos revelou uma fonte do fórum de Campos.






Fonte: Terceira Via