sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Campos perde 4.195 vagas de trabalho; Macaé, com menos 12 mil empregos

(Foto: Leonardo Berenger | Agência Berenger)
No mesmo mês de outubro em que o Brasil eliminou 74.748 postos formais de trabalho, o desempenho negativo de Campos não foi diferente durante o mesmo período. O município registrou menos 4.195 vagas de emprego, segundo dados do Ministério do Trabalho e do Emprego, através de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

O levantamento do Caged leva em conta o número de demissões e contratações no período. O setor de serviços foi o que mais demitiu com 1.959 rescisões. Depois, o comércio, com 1.553 empregos a menos; a agricultura e pecuária, logo após, com 1.201 demissões. Em quarto, a indústria, com 1.069 perda de vagas; e, por último, a construção civil que eliminou 646 empregos.

Macaé também registrou resultado negativo, com a perda total de 12.043 vagas de emprego. O setor com pior desempenho na economia macaense foi o de serviços, com menos 7.050 postos de trabalho. Depois, a construção civil, com perda de 1.994 vagas de emprego. Em terceiro, o comércio, com 1.450 empregos a menos. A indústria registrou perda de 1.064 vagas.

Outros municípios do Norte Fluminense observaram a mesma trajetória de fraco desempenho na economia. Em São João da Barra, também houve mais demissões do que contratações em outubro, quando o município registrou perda total de 1.279 postos de trabalho.

Em Quissamã, o saldo negativo foi de 64 vagas a menos. São Francisco de Itabapoana, menos 52 empregos. São Fidélis, com saldo negativo de 405 vagas. Conceição de Macabu teve perda 100 postos de trabalho.

Na contramão da crise, dois municípios registraram saldo positivo na geração de empregos na região: Carapebus, que contabilizou saldo de 29 vagas, e Cardoso Moreira, com 21 postos de trabalho a mais entre demissões e contratações.

Entre os municípios da região produtora da Bacia de Campos, Rio das Ostras também teve saldo negativo, com 1.662 vagas de emprego a menos em outubro.

OPINIÃO DO ESPECIALISTA – Para o economista Ranulfo Vidigal, a trajetória de recuperação da economia local deverá se cristalizar em médio prazo.

“Somente iremos ter uma perspectiva de recuperação da economia regional a partir da abertura dos campos de petróleo para a exploração do setor privado, com a entrada em operação da Shell em Macaé, que tem uma estimativa de geração de 7 mil postos de trabalho em dois anos. Esse movimento terá também reflexos também no porto do Açu”, comentou Ranulfo.

No plano estadual, o município do Rio de Janeiro foi o que mais eliminou vagas de trabalho com menos 109.381 postos de trabalho entre contratações e desligamentos do emprego.

Depois, Niterói, com perda de 10.718 vagas, e Duque de Caxias, com 8.116 postos de trabalho a menos.

PLANO NACIONAL – No âmbito nacional, o Brasil eliminou 74.748 vagas de trabalho em outubro, número 2,3 vezes maior que o saldo de empregos fechados em setembro. Ante outubro de 2015, quando foram fechadas 169.131 vagas, houve queda de 55,8% no número de vagas perdidas, segundo dados do

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No mês passado houve 1.104.431 admissões e 1.179.179 demissões. No ano todo, foram eliminadas 751.816 vagas e, em 12 meses, o saldo é de 1.500.467 demissões.






Fonte: Diário do Comércio