(Fotos: Alexandre Cassiano/Agência O Globo) |
Garotinho saiu reclamando com os policiais responsáveis pela transferência de que corre riscos ao ser colocado junto com bandidos em Bangu.
- Vocês estão de sacanagem. Querem me matar, porra! - gritou o ex-governador, acrescentando que foi o responsável pela prisão de grandes traficantes que estão em Bangu.
Acompanhado da mulher, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, e a filha e deputada federal Clarissa Garotinho, o ex-governador entrou na ambulância gritando para que não o levassem e pedindo respeito, "porque era um homem enfartado".
VÍDEO DA TRANSFERÊNCIA
VÍDEO DA TRANSFERÊNCIA
- Me solta, me solta. Eu sou um enfartado. Vocês me respeitem - gritou com a voz bem rouca.
Rosinha também protestou, gritando:
- Meu marido não é ladrão. Deixa eu ir com ele. Eu quero ir com ele - protestou, ao lado da filha que também gritava para não levarem o pai para Bangu.
A filha do político, a deputada federal Clarissa Garotinho, chora e grita que o pai "não é bandido" e tenta entrar à força na ambulância, sendo contida pelos policiais da escolta, enquanto Garotinho tenta se levantar, gesticulando e gritando contra os agentes e profissionais médicos que o conduzem. São necessários quatro homens para conter o ex-governador.
Vários funcionários foram para a porta do hospital e comemoraram a ida de Garotinho para Bangu, durante a saída da ambulância.
A temporada de Garotinho no Souza Aguiar irritou a Polícia Federal. A Secretaria municipal de Saúde informou hoje que, durante um exame de esforço, Garotinho relatou “dor intensa” no peito, o que pode indicar obstrução nas artérias. Os médicos, então, agendaram para a segunda-feira um cateterismo para investigar se há mesmo a interrupção. O hospital afirma que seguiu o “protocolo da Sociedade Brasileira de Cardiologia”.
O exame foi marcado para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá. A atitude, sem prévia comunicação às autoridades, irritou o delegado responsável pela investigação, Paulo Cassiano.
O exame foi marcado para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá. A atitude, sem prévia comunicação às autoridades, irritou o delegado responsável pela investigação, Paulo Cassiano.
— A atitude do Souza Aguiar está sob suspeita para nós. Estamos tentando ver uma maneira de fazer a transferência. Foram marcados exames em outro estabelecimento hospitalar, mas isso não pode ser feito sem autorização do juízo, porque ele é um preso e está escoltado pela Polícia Federal — disse o delegado, antes da decisão da Justiça.
Procurada para comentar as críticas, a Secretaria de Saúde não respondeu.
fonte: O Gobo