(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Em tempos de “cobertor curto”, o presidente da Câmara de Campos, Edson Batista (PTB), resolveu “cortar na carne”. De acordo com publicação no Diário Oficial, quase todos os assessores dos vereadores serão exonerados após o dia 25 deste mês. Nessa quarta-feira (9), ao comentar sobre a medida, o presidente da Casa explicou que, até o dia 25, haverá um diálogo franco com os vereadores sobre os ajustes. “Vamos definir tudo isso em conjunto e tenho certeza de que haverá um consenso”, explicou Batista.
De acordo com o presidente, as medidas são necessárias, sobretudo após decisão judicial que determina a convocação dos aprovados no concurso realizado em 2012. “Gera impacto e temos que fazer os devidos ajustes. Além disso, há também uma queda da arrecadação da Câmara em 2016”, comentou o presidente, que descartou a possibilidade de estar economizando recursos para devolver ao governo municipal. “Isso acabou. Agora a Câmara conta com um fundo. Caso restem recursos, eles vão diretamente para este fundo”, comentou.
Antes do “pacote de exonerações”, a Câmara já havia cortado gastos com combustível, passagens aéreas e diárias. “Todos os contratos sofreram uma redução. Também é bom destacar que no início desta legislatura nós reduzimos os salários dos vereadores. Poucas Casas fizeram isso no país”, frisou.
De acordo com o atual presidente, o próximo gestor da Câmara, que assume em janeiro de 2017, vai encontrar uma Casa mais moderna e atuante. “Temos a Escola de Gestão, TV Câmara e, até o final do ano, vamos contar com a TV aberta, além da rádio. Há também um projeto para a TV Universitária”, completou.
De olho – Em 2013 o vereador Genásio (PSC), que fazia parte da bancada governista, prometeu fiscalizar todos os contratos realizados pelo Legislativo. “Vamos começar a fiscalizar os contratos que são feitos dentro desta Casa, que tem um Orçamento de R$ 28 milhões”, avisou. Na época, ao comentar sobre o “fogo amigo”, o presidente da Câmara avisou que tudo vinha sendo feito “de forma transparente”.
Decisão da Justiça — Após Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público em face da Câmara e seu atual presidente, solicitando posse imediata dos aprovados no polêmico concurso da Casa realizado em 2012, o juiz Leonardo Cajueiro d’Azevedo decidiu aceitar o pedido de liminar. Com isso, além de determinar a posse — já que nenhum dos aprovados havia sido chamado até então — o magistrado mandou prorrogar a validade do certame até o trânsito em julgado do processo. O prazo do concurso terminaria no último sábado.
Fonte: Folha da Manhã