quarta-feira, 21 de maio de 2014

PRESIDENTE DO JOÃO VIANA DISSE QUE " SE NÃO FOSSE A COMPLEMENTAÇÃO DO PODER PÚBLICO ESTARÍAMOS EM SITUAÇÃO BEM DIFÍCIL"

(Foto:Ralph Braz)
Os hospitais filantrópicos e psiquiátricos de Campos tem prazo de 15 dias para encaminhar à Câmara de Vereadores um relatório mensal de prestação de contas dos repasses recebidos pela prefeitura durante o ano de 2013, bem como os procedimentos e serviços prestados. A decisão foi anunciada em audiência pública realizada nesta terça-feira (20/05) no plenário do Legislativo com os representantes das unidades hospitalares.

O presidente do Hospital Abrigo João Viana, José Rolando, antes de falar em números, frisou que a situação do hospital psiquiátrico e particular é diferenciada dos demais hospitais, pois a única fonte de rendimento advém das diárias hospitalares. De acordo com ele, atualmente o valor de uma diária hospitalar que é repassada pelo SUS é em torno de R$ 50 por paciente/dia.

Ele ainda disse que o município de Campos, até 2011, complementava com 37,5% dessa diária. A partir de 2013 passou a ser de 63%, pagando a mesma complementação dos demais hospitais, chegando a uma diária de R$ 77 por paciente/dia. “Se não fosse essa complementação do poder público nós estaríamos em uma situação bem difícil”.

Dentre os números, foram feitas 43 mil 704 diárias e a entidade recebeu, do SUS R$ 2 milhões 295 mil 516 reais e 37 centavos. A complementação do município foi de R$ 1 milhão 69 mil 540 reais e 18 centavos.

Os vereadores relataram várias situações dramáticas vividas por pacientes. Entre as principais queixas apontadas pelos parlamentares, a demora na marcação de cirurgias e procedimentos emergenciais, além das filas para marcação de consultas.

Por sua vez, os representantes dos hospitais se queixaram de outro problema, igualmente enfrentado por outros hospitais de Campos: a sobrecarga da demanda de atendimento a pacientes procedentes de municípios vizinhos. “Nós atendemos a nove municípios da região e o único que complementa é Campos. Nós temos 12 pacientes de Macaé que são moradores da entidade e a cidade não contribui com um tostão. Nós temos pacientes de São João da Barra, São Francisco de Itabapoana, São Fidélis, e nenhum deles contribuem com nada”, lamentou o presidente do Abrigo João Viana.

Além de José Rolando, também estiveram presentes os representantes do Álvaro Alvim, Flávio Hoelzle e do Hospital da Beneficência Portuguesa, Jorge Miranda. O Henrique Roxo não quis enviar representante.


Fonte: Ururau