(Fotos: Luciana Portinho/ Folhada Manhã) |
Interessante notar as obras que são feitas com o dinheiro público em Campos. Há um traço, nessa administração, se repete desde 1988. Falta uma nova visão de futuro para o município, repetem-se as velhas fórmulas do século passado; inexiste planejamento de médio e longo prazos. Atribuo a mesmice ao dinheiro que jorra do petróleo. Criou a cultura de não poupar. Talvez, se fôssemos um município pobre, a elite política seria obrigada a pensar como fazer render em benefícios sociais o gigante orçamento. O fato é: aqui se torra a dinheirama dos royalties sem nenhuma preocupação em projetos sérios, sejam lá de que área. O futuro se resume a criar empregos precários que atendam interesses imediatos da próxima eleição. A impressão que fica é que tendo dinheiro sobrando, não sabem o que fazer de perene para a população. As ações saem como golfadas – espasmos pontuais que não se conectam – não formam políticas públicas. Basta ver a imensa dificuldade na gestão da saúde, educação, transporte, cultura e demais setores.
Essas fotos, feitas no último sábado (24/05), ilustram a disposição do desperdício. Mais “quiosques” na beira rio, perto da curva da Lapa: só uma obrinha (sem prazo declarado na placa oficial) por mais de meio milhão.
Fonte: Luciana Portinho/ Folha da Manhã