(Foto: Ralph Braz) |
A audiência de conciliação entre o sindicato dos vigilantes e o sindicato das empresas de segurança, realizada nesta quarta-feira (28) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), visando acabar com a greve que se estende por 31 dias, terminou sem entendimento. Os empresários continuam irredutíveis com suas propostas, que não atendem à pauta de reivindicações dos vigilantes. Enquanto isso, os bancos permanecem fechados.
A vice-presidente do TRT, desembargadora Maria das Graças Paranhos, orientou o sindicato patronal a não descontar e não punir os vigilantes que estão em greve. Como não houve conciliação, a desembargadora abriu prazo de 48 horas para os sindicatos réus apresentarem defesa no dissídio coletivo de greve. Em seguida, o sindicato patronal terá 24 horas para se manifestar em relação à contestação e, após isso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) terá outras 24 horas para emitir parecer. Depois, será sorteado um desembargador relator para o processo, cujo voto será apreciado durante julgamento em data a ser definida.
De acordo com o sindicato dos trabalhadores, enquanto a questão não é julgada, a categoria permanece em greve, mas respeitando a liminar da desembargadora Ângela Florêncio, que determina a manutenção de, no mínimo, um vigilante por agência bancária e 40% da categoria trabalhando. A categoria reivindica reajuste de 10%, além de tíquete-refeição de R$ 20 e mais adicionais de risco de vida e de periculosidade.
Bancos fechados — Nesta quarta foi mais um dia de transtornos para quem procurou atendimento nas agências bancárias. O atendimento está sendo feito próximo aos caixas eletrônicos para as pessoas que querem desbloquear cartão, saque nos caixas, mas a movimentação de numerários está suspensa.
Muitas foram as reclamações. “Estou cansada de vir ao banco e volto sem conseguir resolver os meus problemas. Preciso de atendimento no setor de penhor. Até quando vamos ficar nessa situação?”, questionou a cliente Maria do Rosário.
Fonte: Folha da Manhã