sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Com programação de Natal reduzida, prefeitura de Petrópolis “joga fora” R$ 300 milhões


A estimativa de giro da economia com uma boa programação de Natal – a última mais caprichada foi em 2019 – fica em torno de R$ 300 milhões com a circulação de 500 mil pessoas ao longo de todo o evento. É um dinheiro que não entra nas contas da prefeitura, e sim no faturamento das empresas de comércio, turismo, gastronomia, prestação de serviços e por aí vai. Assim, elas se mantêm, se expandem, contratam mais. A gente faz essa introdução para dizer que, sem o Natal Imperial, que o prefeito Bomtempo disse que será reduzido em atrações, decoração e iluminação, essa oportunidade de girar a economia vai para o ralo.


Cantando a pedra


Não foi por falta de aviso. Lá atrás, a gente cantou a pedra. A programação que tinha tudo para voltar ao patamar de antes da pandemia esbarrou na tragédia de 2022, que atrapalhou as contas públicas e o funcionamento da prefeitura, além de ter deixado a cidade em um luto cerrado, evidentemente. Mas, em 2023, o Natal foi igualmente apagado. Se a gente tinha R$ 288 milhões a mais de ICMS no ano passado, por que a programação e iluminação não foram legais? Até a árvore da Praça da Liberdade foi inaugurada fora do prazo. Ou seja, faltou empenho do governo em investir na área.


Novo modelo


Este ano, sem o ICMS a mais (aquela confusão em que Bomtempo nos meteu), perigando atrasar salário de servidores e sem previsão de verba para a merenda em 2025, a culpa de não ter uma festa decente é de novo é de novo imposto. Nunca é responsabilidade da gestão. Passou da hora de a iniciativa privada ser parte integrante e atuante nas decisões sobre as festas. Elas não são da prefeitura, são da cidade.