(Foto: Rafael Peixoto | Dra. Lilian Rodrigues Barreto) |
Há pouco mais de 1 ano, o projeto Nefro Proteção do Hospital Geral de Guarus (HGG) tem levado mais qualidade de vida aos pacientes renais crônicos. Desenvolvido por um grupo de médicas da unidade hospitalar, o objetivo do projeto é prevenir os efeitos da doença nos pacientes, evitando ao máximo que o quadro chegue ao ponto de se fazer diálise ou hemodiálise. Atualmente, o HGG atende mais de 100 pacientes com problemas nos rins.
Segundo a nefrologista Lilian Rodrigues Barreto, a idealização do projeto surgiu diante da própria vivência médica vendo as dificuldades que o paciente renal crônico tem. “Sempre foi uma ideia minha criar um projeto voltado para esse atendimento mais específico e multidisciplinar com os pacientes renais. Desde a minha formação, sempre vi as dificuldades que esses pacientes têm. Então, o projeto foi pensado para amenizar os efeitos da doença renal crônica, que é considerada epidêmica em algumas regiões, através de um tratamento preventivo”, disse a médica ao ressaltar que o número de pacientes é muito grande.
O projeto foi apresentado ao superintendente do HGG, Guilherme Ribeiro Rangel, enquanto estava como diretor clínico da unidade, que logo abraçou a causa e buscou meios de viabilizar a implantação. “Muitos pacientes renais não eram acompanhados regularmente e acabavam evoluindo precocemente para hemodiálise. Hoje, a realidade é outra. Com auxílio quanto à alimentação e orientações quanto ao controle da hipertensão e diabetes, os pacientes têm uma qualidade de vida muito melhor”, afirmou.
Além da nefrologista, também atuam no projeto uma endocrinologista e uma nutricionista, uma vez que muitos pacientes também apresentam quadro de diabetes. “Geralmente, a porta de entrada do paciente é o encaminhamento do posto de saúde. A partir daí, analisamos os exames e dependendo da gravidade do quadro encaminhamos para o projeto”, acrescentou Lilian ao destacar que o acompanhamento entre uma consulta e outra, dentro do projeto, varia de paciente para paciente. “Já tivemos casos de pessoas que chegaram para iniciar o tratamento a ponto de fazer uma diálise, então nessas situações as consultas são mais próximas uma das outras. Mas, geralmente, o intervalo de acompanhamento é trimestral conforme protocolo da Sociedade Brasileira de Nefrologia”, pontuou.
A paciente Malvelita Constância, de 67 anos, disse que o tratamento ajudou muito sua saúde. “Já estou há mais de 1 ano em tratamento pelo projeto e tem sido muito bom. Todo o acompanhamento médico me ajudou muito. Consigo fazer todos os exames direitinho e já saio com as outras consultas marcadas”, comentou.
O chefe do Ambulatório do HGG, Carlos Basílio, explicou como funciona a organização do agendamento de consultas do projeto. “Um funcionário insere no sistema os pacientes, que já saem do consultório com a data já agendada da nova consulta, uma vez que uma agenda em comum entre as três médicas (nefrologista, endocrinologista e nutricionista) é passada para o funcionário responsável por inserir os pacientes no sistema. Essa agenda em comum foi criada assim que conheci o projeto. Com isso, demos mais rapidez e comodidade aos pacientes que fazem parte desse projeto, evitando que eles enfrentem filas”, disse.
Fonte: Secom PMCG