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| (Foto: Filipe Lemos) |
Quatro policiais militares e um empresário foram presos nesta sexta-feira(14), durante a Operação denominada como “Perfídia”, deflagrada pela Polícia Civil, com o apoio da 6ª Delegacia de Polícia Judiciária/Militar (DPJM). As prisões ocorreram em Campos, São Fidélis e em Cordovil, no Rio. De acordo com a polícia, a operação tem o objetivo de apurar crimes cometidos por policiais militares, que se passavam por policiais civis, e seriam integrantes de uma quadrilha de milícia que, possivelmente, extorquia comerciantes de Campos. Dos seis mandados expedidos de prisão temporária, cinco foram cumpridos. O sexto mandado é contra um policial militar lotado no 36° BPM, de Pádua, que ainda não foi localizado.
O delegado Geraldo Rangel, titular da 134ª DP/Campos, explica como os suspeitos agiam. “Foram apreendidos vários mandados falsificados por essa quadrilha. Eles chegavam até os comerciantes e anunciavam supostos mandados de busca e apreensão. As vítimas se sentiam acuadas e muitas vezes coagidas, em função da aparência de licitude que os suspeitos apresentavam, e acabavam fornecendo quantias de R$ 10 mil a R$ 30 mil por supostas prevaricações. Ficou muito claro durante as investigações a extensão de atuação dessa milícia recém-formada que já negociava com narcotraficantes locais no sentido de também expandir suas ações para transporte irregular e diversas práticas ilegais”.
“Uma série de extorsões estavam acontecendo na Baixada Campista e chegando ao nosso conhecimento. Chegamos até um primeiro nome que estaria se passando por um policial civil, que agora sabemos se tratar de um policial militar. No dia de uma extorsão (25 de agosto deste ano), houve perseguição e troca de tiros com militares do DPO de Goitacazes. Predominantemente, as extorsões eram contra comerciantes, afirmou o delegado Pedro Emílio, adjunto da 134ª DP/Centro, que acrescentou:” Foi uma série de atos que comprovaram a participação de policiais militares e mais três homens. Obtivemos junto a Justiça mandados de busca e apreensão e mandados de prisão, que foram cumpridos nesta manhã. Foi apreendido farto material ilícito, e ainda apreendemos arma de fogo, munições de diversos calibres e colete a prova de balas. Foram encontradas, inclusive, munições de fuzil”, destacou Pedro Emílio.
O delegado ressaltou que a Polícia Civil tem total confiança no 8º BPM, que tem profissionais sérios.
“A Polícia Militar é a principal interessada que tudo fique esclarecido e aqueles policiais que porventura tenham cometido alguma ilicitude sejam devidamente punidos. Já há um procedimento instaurado para apurar os policiais que foram ao local, onde estaria ocorrendo a extorsão. Fomos trocando informações, um dos policiais militares na época estava excluído e no final de setembro ele foi reintegrado. Ele foi excluído em 2015 por ter sido condenado por um homicídio e ocultação de cadáver. Nosso maior interesse é o bem comum, bem para a sociedade. O policial que está foragido é do 36º BPM de Pádua, um de Campos e outro de Macaé”, afirmou o coronel Moura, comandante da 6ª Delegacia de Polícia Judiciária/Militar (DPJM)
Fonte: Campos24horas
