sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Cirurgia Bariátrica como intervenção para tratamento da obesidade e cuidados nutricionais que devem ser adotados


Segundo dados da OMS, a obesidade é um desvio nutricional que vem crescendo de forma exponencial no Brasil. São inúmeros os tratamentos que podem ser realizados para controlar o excesso de peso. Uma reeducação alimentar é a primeira via para tratamento da obesidade. Contudo, para obesos mórbidos, o manuseio clínico com dietas hipocalóricas deve ser associada a um tratamento farmacológico. Assim, num primeiro instante o objetivo torna-se atingir um peso saudável e não um peso ideal. 

Quando as tentativas de tratamentos clínicos dessa patologia torna-se frustrante, a cirurgia bariátrica é a mais bem sucedida medida terapêutica. O paciente precisa ter alguns cuidados com a alimentação tanto antes quanto depois da cirurgia e tudo isso deverá sem acompanhado pelo médico e nutricionista da equipe, uma vez que uma série de deficiências nutricionais podem ocorrer após a intervenção. 

Cabe ressaltar o imprescindível papel da dieta, visto que a intervenção dietética continua sendo a base dos esforços para perda de peso. Mesmo após a cirurgia , é possível o retorno da obesidade caso o paciente não inicie de imediato o processo de reeducação alimentar após a fase mais crítica do pós cirúrgico, onde cuidados mais específicos precisam ser adotados. 


Para alcançar o objetivo em termos de reeducação alimentar é necessário levar considerar alguns aspectos relacionados à dieta: ela deve estar adequada ao estilo de vida e ao hábito alimentar do paciente. Ela deve ser equilibrada na distribuição dos nutrientes e fracionada durante o dia, com intervalos médios de três a quatro horas durante as refeições. Alguns alimentos devem ser evitados como: açúcares simples, mel, doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos. Uma alimentação saudável deverá conter tubérculos, massas, pães, cereais, farinhas integrais, leguminosas, óleos vegetais, preferencialmente fonte de ácido graxo poliinsaturado, carnes magras, leite desnatado e derivados magros, frutas e hortaliças. 

Outro fator importante a se considerar na dieta são as fibras, que ganham especial atenção no tratamento da obesidade: colaboram para a redução energética da alimentação, aumentam o tempo de esvaziamento gástrico, contribuem para a diminuição da secreção de insulina, aumentam a sensação de saciedade e ainda contribuem para a redução de colesterol plasmático, diminuindo o risco de distúrbios cardiovasculares, dentre outros fatores positivos.




Bióloga, Nutricionista, pós graduanda em Nutrição em estética corporal, extensão em suplementação voltada a prática do treinamento esportivo.