domingo, 14 de agosto de 2016

Brasil ganha prata e bronze no solo, com Diego Hypolito e Arthur Nory

(Foto: REUTERS/Mike Blake)
Foi difícil manter a paz na ginástica nos últimos quatro anos. O esporte das piruetas e mortais foi, em diferentes momentos, manchete por temas que nada tinham a ver com o que acontecia nos aparelhos que marcam a modalidade. A maior das polêmicas foi parar na Justiça, quando um técnico da seleção foi acusado de assédio sexual a um atleta menor de idade a poucas semanas do início da Olimpíada.

A exposição não foi só coletiva. O caminho de Londres ao Rio foi o mais difícil da carreira de Diego Hypolito, que sofreu dramas pessoais e profissionais sem precedentes. Na reta final, foi protagonista de uma confusão pública ao vivo, na Rede Globo, quando cancelou sua participação no programa Domingão do Faustão. Dos bastidores, viu o apresentador arrumar briga com o COB às vésperas do início dos Jogos Olímpicos. Arthur Nory, novidade da ginástica brasileira nos últimos anos, ganhou notoriedade negativa com um vídeo em que fazia comentários racistas sobre um colega de seleção. O caso lhe rendeu uma suspensão e uma fama incômoda que até hoje é um tabu.

A resposta dos atletas foi, por muitas vezes, o silêncio. Foco, treinos fechados e muita concentração em uma medalha que parecia distante para qualquer brasileiro que não se chamasse Arthur Zanetti. Neste domingo, todo o esforço valeu a pena. No maior momento da carreira dos dois, Diego Hypolito e Arthur Nory se superaram, contaram com o vacilo de rivais mais bem cotados e levaram prata e bronze, respectivamente, no solo, na Rio-2016.









Fonte: UOL