terça-feira, 27 de novembro de 2012

MULHER MORRE APÓS CIRURGIA E FAMÍLIA FAZ PROTESTO EM FRENTE AO HOSPITAL DR. BEDA

Foto: Silvana  Rust/ Terceira Via

Familiares de uma paciente, que morreu após uma cirurgia no Hospital Dr. Beda, fizeram um protesto, nesta terça-feira (27 de novembro), em frente ao hospital, no centro de Campos. A irmã e a prima de Izabel Cristina Paulo Rocha, de 39 anos, ergueram uma faixa denunciando erro médico.

Izabel passou por uma cirurgia bariátrica no último dia 20 e morreu quatro dias depois. O hospital informa que a paciente sofreu complicações pós-operatórias. A prima de Izabel, Adriana Moraes de Souza, de 43 anos, conta que a paciente sentiu fortes dores após o efeito da anestesia.

Fotos:  Mauro de Souza

“O médico Gustavo Cunha Rodrigues disse que a dor era fruto de ansiedade da minha prima e mandou que ela caminhasse dentro do hospital, mas ela não aguentou e desmaiou. A hora foi passando e a dor aumentando. Eu sabia que aquilo não era normal, pois eu sou técnica em enfermagem”, contou a prima da vítima.

“Minha irmã chegou bem e cheia de vida. Quando saiu da sala de cirurgia, dizia que sentia muita dor na barriga. Eu cheguei a comentar com o médico, mas ele disse que era normal o paciente ter dores pós-operação. Ele ainda falou que a cirurgia havia sido um sucesso. Tanto foi bem sucedida que minha irmã veio a óbito”, lamentou Maria da Penha.

Dr. Gustavo Cunha Rodrigues era médico particular de Izabel e é cadastrado no Hospital Dr. Beda para fazer cirurgias.

Com a complicação do quadro clínico da paciente, ela foi encaminhada ao Centro de Terapia Intensivo (CTI). Mas a família reclama que isso só aconteceu na quinta-feira (22), dois dias após a cirurgia.

“A sonda dela chegou a sair e a pressão arterial caiu muito. Só depois disso ela foi levada para o CTI. Os médicos chegaram a falar que o grampo que fica entre o estômago e o intestino se soltou e causou problemas. No atestado de óbito, consta que ela morreu de infecção generalizada”, contou Adriana.


“Assim que chegou ao UTI, minha irmã entrou em coma. Só que eles disseram que a induziram ao coma, o que de fato, não aconteceu. Na sexta (23/11), o médico que realizou a bariátrica, nos chamou para conversar e contou que minha irmã havia contraído uma infecção, e que seu estado era gravíssimo. Precisou acontecer isso para que fizessem algo pela minha irmã. Mas, infelizmente, nada podia ser feito”, relatou Maria da Penha.
A direção médica do hospital informou, por meio de nota, que a morte foi causada por complicações pós-operatórias e que todo o atendimento necessário foi prestado à paciente. A nota esclarece ainda que foi providenciado um procedimento interno para averiguar os fatos.

A família de Izabel pretende fazer outra manifestação. Disse que vai pedir a exumação do corpo para uma apuração mais completa da causa da morte. A família também registrou a ocorrência na delegacia do Centro de Campos (134ª DP).


Fonte: Jornal Terceira Via/ Ururau