Pelo que se vê, as eleições municipais 2012 em São João da Barra ainda podem render vários capítulos sem chegar ao fim. E essa novela, com ingredientes tão apimentados, tem um grande potencial para não ter um final feliz para a atual prefeita seus liderados.
A prisão em flagrante da prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB), pela Polícia Federal, sob a acusação de compra de votos e formação de quadrilha ainda está rendendo uma grande dor de cabeça para o grupo da prefeita.
Além dela, também foi preso pela Polícia Federal o vereador e candidato a vice-prefeito Alexandre Rosa, na casa de Neco, candidato a prefeito apoiado por Carla. Também indiciado pela PF.
Mesmo pagando fiança para ser libertada, Carla ainda está sujeita a graves sanções, que podem levar a sua inelegibilidade por oito anos a perda do futuro mandato do seu protegido Neco, prefeito eleito de São João da Barra. Tudo por conta da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) por abuso de poder político e econômico, movida pelo Ministério Público Eleitoral contra ela, Neco e o seu vice-prefeito eleito Alexandre Rosa, requerendo a cassação do diploma de Neco, a inelegibilidade de todos por oito anos e a aplicação da multa prevista no artigo 41-A, da Lei 9504/97, a Prefeita de São João da Barra, Carla Machado, Neco, e o seu vice, Alexandre Rosa. A decisão está nas mãos do juiz eleitoral da 37ª seção, Leandro Loyola.
O que muita gente não entendeu foi o porquê da prefeita Carla Machado e seus liderados, com ampla vantagem nas pesquisas, terem se exposto a acusações de compra de votos e formação de quadrilha aparentemente seu necessidade.
Delegado da PF, Paulo Cassiano/ foto: Ururau |
Quem explicou bem essa questão foi o delegado da Polícia Federal, Paulo Cassiano. Segundo ele, nas gravações de áudio e vídeo ficou claro que Carla tem verdadeiro pavor de ficar com minoria na Câmara, o que a teria levado a cooptar opositores com ofertas em dinheiro e vantagens para que desistissem de concorrer, abrindo espaço para os candidatos da situação.
Esse é um imbróglio que só poderá ser solucionado pela Justiça Eleitoral.
Fonte: Blog do Esdras