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| FOTO: Jornal Terceira Via |
Oitenta crianças especiais poderão deixar de ser assistidas pela Associação de Pais de Pessoas Especiais (Apape) de Campos, a partir do próximo mês. Isso porque a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos anunciou um corte de verba que vai prejudicar os trabalhos na Apape e em outras 39 instituições no estado.
Para reivindicar o retorno da verba, a direção, pais, funcionários e assistidos realizaram uma manifestação na tarde desta terça-feira (9 de outubro), em frente a Apape, na Rua Conselheiro Otaviano, no Centro.
Faixas foram expostas ao som de cânticos religiosos ministrados pelo professor de música da instituição e cantado pelos dependentes do atendimento social. Parte da rua foi fechada e o trânsito teve que ser controlado pela Guarda Civil Municipal.
O repasse, que é feito por meio da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), já está em atraso há quatro meses. A dívida chega a R$ 128 mil. A presidente da instituição, Naira Peçanha, explicou que o atraso já está levando transtornos à Apape e se o convênio não for mantido a situação ainda vai ficar pior.
“Essas 80 crianças ficarão sem atendimento social, psicológico, terapêuticos, entre outros. E os 18 funcionários terão que ser demitidos. Estou sem alternativa. Minha filha será uma delas. Ela tem 23 anos e necessita desse atendimento”, disse.
As 80 crianças pertencem à modalidade convivência em dia. Além dessa modalidade, outras 50 crianças são assistidas pela Prefeitura de Campos, que repassa 13 mil reais por mês. Essas, não correm o risco de perderem o atendimento.
fonte: Jornal Terceira Via
