A crise provocada pelo coronavírus e a incerteza sobre a extensão e a duração da pandemia levaram congressistas a iniciar um movimento em defesa do adiamento das eleições municipais previstas para outubro de 2020. Estimativas do Ministério da Saúde apontam para aumento dos casos entre abril e junho.
O cenário traçado pelo ministro Luiz Henrique Mandetta causou preocupação entre líderes de partidos na Câmara e de congressistas, que temem impacto nas campanhas eleitorais. Elas estão previstas para começar apenas no dia 16 de agosto, mas até lá parte do calendário eleitoral pode ser afetado.
O tema ainda não teve grande evolução dentro do próprio congresso, sem tornar-se alguma proposta oficial. Já lideranças de partidos como MDB, veem estas medidas como prematuras, enquanto grupos já discutem a unificação das eleições municipais com as nacionais em 2022, o que postergaria o mandato por 2 anos sem condições prévias.
Tal tema pode ser responsável por muitos conflitos ainda dentro do congresso, cada um com seus interesses divergentes, porém já denota os fortes efeitos da crise que irá apenas se acentuar daqui para frente.
Fonte: Folha de São Paulo