O Ministério da Saúde divulgou na tarde desta quinta (12) mais um balanço do coronavírus no Brasil. O ministro Luiz Mandetta, que está no Rio de Janeiro, antecipou que o Brasil registrou 16 novos casos confirmados da doença, e o balanço subiu de 60 para 77. O estado do Rio tem 16 pacientes diagnosticados pela doença.
Atualmente são monitorados 1.427 casos suspeitos e 1.156 foram descartados. Do total de casos confirmados, nove (15%) são por transmissão local, quando é possível relacionar o doente a um caso confirmado; e 51 (85%) dos casos são importados, ou seja, de pessoas que viajaram ao exterior.
Nessa quarta-feira (11), A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. O termo é utilizado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Atualmente, há mais de 115 países com casos declarados da infecção.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu para os países redobrarem o comprometimento conta a doença. "Encontrar um bom equilíbrio entre proteger a saúde, impedir pertubações econômicas e sociais e respeitar os direitos humanos", disse Tedros.
Investimentos para combater coronavírus
Na comissão geral realizada nessa quarta-feira (11), na Câmara dos Deputados, sobre a situação do novo coronavírus, o ministro Luiz Henrique Mandetta defendeu a liberação R$ 5,1 bilhões do orçamento, oriundo de emendas da relatoria da casa. A demanda por mais verbas foi apoiada por diversos deputados presentes na comissão. O valor será utilizado na Atenção Primária e hospitalar para reforçar as ações contra o vírus.
O ministro avaliou que a letalidade do vírus é baixa, mas que seu principal impacto é a sobrecarga do sistema de saúde, que demandará mais profissionais, mais leitos, mais insumos e mais recursos para o custeio dessa estrutura adicional.
— Você tem uma espiral de casos. Isso leva pessoas a procurar unidades de saúde. Se o vírus não tem uma letalidade individual elevada, ele tem letalidade ao sistema de saúde. Quanto mais agudo o ângulo de crescimento, mais pessoas ao mesmo tempo acionam o sistema — comentou Mandetta.
Fonte: Agência Brasil