sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Falso cozinheiro do Porto do Açu é preso por estupro e pedofilia em Campos


Delegacia de Polícia de Guarus, Luiz Maurício Armond, concedeu uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (18) para informar que um homem, identificado como Daniel Moreira Gomes., de 36 anos, foi preso temporariamente por suspeita de estupro, pedofilia, prostituição de menores, entre outros crimes graves, em Campos. Ele teria violentado aproximadamente 40 vítimas, do sexo masculino e feminino — quatro delas já prestaram depoimento à Polícia Civil; uma tem apenas 12 anos.

Os policiais teriam chegado até o suspeito quanto este teria se declarado vítima de uma tentativa de latrocínio. Os autores do suposto crime — dois adolescentes de 14 e 16 anos – teriam levado uma mochila com vários documentos pessoais de Daniel, cartões de crédito e R$ 5 mil em espécie.

Daniel teria ido até o Hospital Ferreira Machado (HFM) onde afirmou ter sido vítima da tentativa de latrocínio. Ele contou que entrou em uma luta corporal com os adolescentes, que estes levaram seus pertences e que ele conseguiu fugir. Quando a Polícia Militar encontrou os suspeitos da tentativa de latrocínio, concluiu que, na realidade, os adolescentes eram as verdadeiras vítimas de Daniel, que teria tentado estuprar os dois. Os meninos, em legítima defesa, feriram Daniel com uma faca e fugiram em seguida.

De acordo com o delegado, o homem se apresentava como cozinheiro do Porto do Açu e oferecia oportunidades de emprego dentro do complexo. Mas a verdade é que ele não fazia parte do quadro de funcionários do local. Ele procurava, inicialmente, adolescentes de 16 e 17 anos, pagando favores sexuais, e solicitava que esses adolescentes buscassem outros mais novos, entre 12 e 15, dando continuidade à rede de prostituição. O homem também aliciava as vítimas oferecendo dinheiro, presentes e drogas.

As vítimas eram coagidas a praticar sexo oral e outros atos sexuais; algumas eram virgens. Armond disse ainda que o homem fotografava e filmava os atos sexuais e fazia a transmissão desses materiais para a Europa, caracterizando o ato como crime internacional.

Daniel também teria vários perfis nas redes sexuais que eram utilizados para conhecer outras vítimas, solicitando e recebendo “nudes” e marcando encontros.

O delegado disse ainda que foi solicitada a prisão de outras pessoas que teriam favorecido a prática dessas atividades.

Com ele, a polícia apreendeu uma faca, videogame, mochila, mala, dois pares de chinelo — um deles ensanguentado, quatro celulares, cartões de crédito, entre outros itens.

Armond afirmou que está fazendo a identificação das demais vítimas por meio das redes sociais de Daniel e pede para que outras pessoas que tenham tido algum envolvimento com o suspeito, se apresentem na delegacia para prestar depoimento.

Daniel deve responder por divulgação e armazenamento de material de pedofilia; falsa comunicação de crime (com relação à tentativa de latrocínio informada acima), tentativa de estupro, favorecimento à prostituição e por tráfico de drogas (uma vez que foram apreendidos materiais ilícitos com ele que seriam utilizados para o aliciamento das vítimas).





Fonte: Terceira Via