O bebê de apenas dois meses que foi espancado pelo próprio pai no dia 1º de abril, no município de São Fidélis, teve piora no quadro clínico e precisou ser intubado nesta segunda-feira (19), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Ferreira Machado (HFM), onde permanece internado desde o dia da agressão.
De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa da unidade de Saúde, “o bebê de dois meses do município de São Fidélis, que deu entrada no HFM vítima de agressão, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, porém houve uma piora em seu quadro. Após uma broncoaspiração voltou a ser sedado e intubado. O bebê permanece sendo acompanhando por uma equipe interdisciplinar que avaliará quando poderá ocorrer a redução gradual da sedação”.
Relembre o caso
Um bebê de dois meses de idade deu entrada em estado grave no Hospital Ferreira Machado (HFM), na quinta-feira (1ª), com afundamento craniano que, segundo a Polícia Civil, teria sido causado por agressões do pai.
Também foram constatadas marcas de mordidas, costelas quebradas e outras escoriações. A família é de São Fidélis e a criança precisou ser transferida para Campos por causa da gravidade dos ferimentos. Ainda segundo a polícia, o pai confessou a agressão e disse que perdeu a cabeça porque o filho não parava de chorar. Na delegacia, pai e mãe do menor deram uma versão que não convenceu o delegado e ambos acabaram presos em flagrante.
Segundo o registro de ocorrência, policiais militares foram até o Hospital Armando Vidal, em São Fidélis, onde a criança deu entrada primeiro. Na unidade, a mãe, de 21 anos, disse aos agentes que ela e a criança teriam sido sequestradas e colocadas no interior de um carro por quatro homens. Também pela primeira versão dita pela mãe, esses homens teriam espancado o bebê. Contudo, já na delegacia, ao serem confrontados, os dois acabaram confessando que foi o pai, de 20 anos, quem bateu no menor.
O bebê foi levado pelos pais para o Hospital Armando Vidal, em São Fidélis, onde recebeu os primeiros socorros. De lá, precisou ser transferido para o HFM. E os pais foram encaminhados para a 141ª Delegacia de Polícia (São Fidélis) e depois para a 134ª Delegacia de Polícia (Centro-Campos), onde o caso foi registrado e onde ambos receberam voz de prisão.
De acordo com a Polícia Civil, o pai foi atuado pelos crimes de tortura e lesão corporal e a mãe por tortura por omissão, já que teria tentado esconder o caso das autoridades policiais.