O hospital de campanha de Campos tem dado o que falar desde que começou a ser montado. Primeiro foi atraso da obra, depois cancelamento dos serviços e, nesta quinta-feira (20), um grupo de empresários fez uma manifestação em frente à unidade, enquanto ela era desmontada. Os fornecedores alegam que não receberam pelos serviços prestados durante a montagem da estrutura. O hospital de campanha começou a ser desmobilizado nessa quarta (19), dia em que o município ultrapassou a marca dos 4 mil casos confirmados de Covid-19.
Os empresários levaram um mini-trio elétrico para a frente da unidade que nunca funcionou. Eles denunciam que foram contratados pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) para executar a montagem, mas que até hoje não receberam.
Sobre o desmonte da unidade, mesmo em período de aumento de casos na cidade, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, em nota, que “o processo será o mesmo da montagem, ou seja, cada fornecedor irá retirar seus materiais e estruturas locadas, de forma organizada. À Fundação Saúde cabe a coleta dos equipamentos móveis que foram adquiridos pelo contrato e que são patrimônio da SES, o que já está sendo realizado. A atual estratégia da SES para enfrentamento da pandemia de coronavírus abrange a pactuação de leitos nos municípios e suporte operacional com profissionais, equipamentos e outros insumos, aproveitando as estruturas já existentes. Também está prevista a contratação de leitos em hospitais particulares, caso seja necessário”.
Já a respeito da dívida com os fornecedores, a equipe de reportagem fez contato com o Iabas e com a SES e aguarda retorno de ambos.
Fonte: Terceira Via