(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (1°/09), na sede do Sindicato dos Bancários de Campos, a categoria manteve a decisão em rejeitar a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de 5,5% de reajuste para salários e vales, e a greve dos servidores, por tempo indeterminado, será deflagrada na próxima terça-feira (06/09).
“Nossas reivindicações vão muito além da questão salarial. O carro chefe é o reajuste salarial de 14,5%. Tem também a questão da manutenção dos níveis de emprego, já que os bancos têm demitido muita gente, ao de 12 meses. Também pedimos a melhoria da segurança nas agências bancárias, porque hoje os bancos têm feito as contenções de despesas e, com isso, os números de vigilantes e equipamentos de segurança foram diminuídos”, informou o presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Hugo Diniz.
A categoria também reivindica auxílio educação, que a maioria dos bancários não possui, além das questões específicas do Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF).
CAMPANHA - Esse ano o mote de campanha é chamado “Só a luta te garante”. A categoria reivindica reajuste de 14,5%, considerando a reposição da inflação no período (acumulado dos últimos 12 meses) mais o aumento real, em torno de 5%, dependendo do índice inflacionário registrado no mês de agosto. Além de PLR de três salários mais R$8.317,90; piso de R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo); vale refeição no valor de R$880,00 ao mês; 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Há ainda reivindicação para melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários; auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Até agora foram quatro rodadas de negociação — a última aconteceu na segunda-feira (29/08) — porém, segundo a categoria, nenhuma das propostas apresentadas atendeu as reivindicações apresentadas na minuta que foi entregue a Fenabam no dia 09 de agosto.
Fonte: Ururau