(Foto: Terceira Via) |
Reajuste salarial, plano de cargos e carreiras, além de funcionários para os serviços de limpeza e portaria são algumas das reivindicações que professores e demais profissionais da rede municipal de educação em Campos fizeram durante uma manifestação na tarde desta quinta-feira (26) na Praça São Salvador. Aproximadamente cem profissionais participaram do ato, com faixas e cartazes, onde demonstravam sua indignação com o governo municipal. Os professores enviaram cartas aos pais de alunos onde apresentaram a insatisfação e o descaso da prefeitura com creches e escolas.
Segundo a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Graciete Santana, muitos funcionários administrativos, da limpeza, portaria e inspetores foram demitidos e dessa forma as escolas e creches ficaram inseguras e com muita sujeira. “Não podemos aceitar uma escola que não tenha funcionários para fazer a limpeza. Também tem várias escolas sem porteiros e inspetores. Quem vai nos ajudar na segurança e na organização dos alunos? E a segurança dos professores? Muitos professores têm limpar banheiros para poder ter aula.”
A coordenadora contou que muitas escolas estão com esgoto a céu aberto, rachaduras nas paredes e sem material de limpeza. Graciete ressaltou que a categoria está sem reajuste salarial e sem atualização do plano de cargos e carreiras. “Muitos professores estão sendo contratados no lugar dos concursados. Durante todo o ano prometeram reajuste, mas não cumpriram.”
A professora Odisseia Carvalho lembrou que neste ano letivo não houve a distribuição de uniforme e material didático, como cadernos. “Muitas vezes temos que comprar material com nosso próprio dinheiro.”
Odisseia contou que a categoria vai levar o assunto novamente à Câmara dos Vereadores e uma reunião está marcada para o próximo dia 30 com representantes do executivo. “Esperamos que ainda esse ano seja resolvido a situação do reajuste salarial e atualização do plano de cargos e carreiras. E para o ano que vem se não houver a distribuição de uniformes e do material didático, e profissionais não forem contratados para a limpeza e portaria não vamos dar as aulas.”
Fonte: Terceira Via