A OGX, petroleira de Eike Batista, entrou com um pedido de recuperação judicial na tarde desta quarta-feira, após não ter conseguido negociar suas dívidas com credores. O pedido abrange quatro empresas: OGX Petróleo e Gás Participações S/A, OGX Petróleo e Gás SA, OGX Internacional e OGX Áustria. O processo ficará na 4ª Vara Empresarial, cujo titular é juiz Gilberto Clovis Farias Matos.
Com a confirmação da entrada do pedido de recuperação judicial, as ações da companhia deixarão de ser negociadas no pregão da Bovespa. Os papéis ordinários fecharam em queda de 26,09%, cotados a R$ 0,17. Logo depois do pedido, a ação atingiu a cotação mínima histórica de R$ 0,16, com desvalorização de 30,43%.
A companhia acumula atualmente R$ 11,2 bilhões em dívidas no Brasil e no exterior e tem 226 credores, sendo 37 com crédito superior a R$ 1 milhão. Os maiores são os detentores de bônus, com R$ 8 bilhões. O segundo maior é a OSX, com R$ 2,4 bilhões, mas a OGX reconhece apenas R$ 700 millhões referentes à rescisão de contrato da plataforma OSX-1. A diferença é reivindicada pela empresa de construção naval do grupo EBX e quem vai decidir o valor é o juiz da 4ª Vara.
Não entrou no pedido de recuperação a OGX Maranhão, que terá injeção de recursos da Eneva, em acordo fechado nesta quarta-feira. A Eneva é a antiga MPX - cujo acionista majoritário é a alemã E.ON - e tem fatia de 33,3% da OGX Maranhão. Os outros 66,7% são da OGX. A dívida da OGX Maranhão com bancos é de R$ 600 milhões.
Fonte: O Globo