(Foto: Ralph Braz) |
Após os setores de obstetrícia e pediatria, da Santa Casa de Misericórdia de Campos, estarem à beira de fecharem às portas, o provedor do hospital, Benedito Marques, informou que os locais serão reestruturados e pelo menos, até o fim do ano as áreas vão permanecer funcionando. Segundo ele, novos profissionais serão contratados e o hospital vai se reunir com a secretaria de Saúde para encontrar novos caminhos e assim, não deixar os setores em risco.
Há um mês, o provedor disse à reportagem da Folha que, o valor recebido proveniente da verba do Sistema Único de Saúde (SUS) é insuficiente para realizar o serviço de manutenção e pagar aos funcionários. Segundo a assessoria de Comunicação da secretaria de Saúde, a Prefeitura já repassou ao hospital R$ 22.051.906,69 milhões neste ano, de recursos federais e municipais.
— Vamos fazer uma reestruturação de valores do hospital para que os setores não sejam prejudicados. Sabemos que outros hospitais da cidade também estão enfrentando problemas nesses setores. Espero poder contar com a ajuda da prefeitura também em valores, para que não possamos fechar às portas dos setores no próximo ano. Com essa reestruturação, que estamos fazendo, tenho certeza que até o fim deste ano, a obstetrícia e pediatria não fecham.
Na última matéria no mês passado, a assessoria de Comunicação da prefeitura informou que, a decisão do possível fechamento do serviço de obstetrícia é opção da direção do Hospital Santa Casa, tendo em vista a baixa produtividade do serviço em relação às demais unidades, tornando a manutenção do mesmo economicamente inviável. O provedor da unidade, Benedito Marques, afirmou, em reunião com o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, e demais unidades que oferecem o serviço de obstetrícia (realizada no dia 27 de setembro deste ano), que não seria mais viável manter o procedimento e mostrou preferência por substituí-lo por outro. Na ocasião, o provedor afirmou que o serviço de pediatria não seria afetado. O aumento no aporte de recursos está ligado ao aumento da produção de serviços.
Convênio — Segundo a assessoria, de janeiro a agosto deste ano, as unidades contratualizadas receberam juntas, R$ 102.065.272,99, referentes a serviços prestados por meio da Gestão Plena da Saúde.
Fonte: Folha da Manhã