segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Museu de Auschwitz atua nas redes sociais contra negacionistas do Holocausto


O museu do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau lançou, nesta quarta-feira (30), uma campanha de combate ao negacionismo nas redes sociais.

Com a ferramenta online "Stop Denial" ("Chega de Negacionismo", em tradução livre), os internautas poderão refutar argumentos negacionistas comuns com "documentos, fotografias, testemunhos ou resultados de investigações históricas", explicou o museu de Auschwitz, no sul da Polônia.

Essa ferramenta inclui um manual que orienta os usuários sobre como reagir a conteúdos negacionistas nas redes sociais, comentando as mensagens e remetendo a um link do site "Stop Denial".

O diretor do museu, Piotr Cywinski, afirmou em comunicado que, antes, "poucas pessoas podiam olhar nos olhos dos sobreviventes e afirmar friamente que todos os seus testemunhos eram mentiras".

"Hoje, restam poucos [sobreviventes]. Assim, os antissemitas, xenófobos e populistas levantam a voz", acrescentou.

"A melhor solução (...), o melhor remédio contra a desinformação, é a informação", declarou à AFP o porta-voz do museu, Bartosz Bartyzel, que denunciou uma "onda de atividade negacionista" nas redes sociais e no discurso público.

Neste mês, o eurodeputado Grzegorz Braun, que foi candidato à presidência da Polônia este ano e obteve 6% dos votos, afirmou em uma entrevista que "Auschwitz e suas câmaras de gás são, infelizmente, falsos".

Em maio, o museu alertou sobre a existência de publicações no Facebook com imagens fictícias de vítimas do campo geradas por inteligência artificial.

Em suas redes sociais, o museu vem compartilhando fotos e informações sobre as vítimas para conscientizar as pessoas sobre o Holocausto.

A Alemanha nazista construiu o campo de extermínio de Oswiecim (Auschwitz) depois de ocupar a Polônia durante a Segunda Guerra Mundial.

O local do Holocausto tornou-se um símbolo do genocídio perpetrado contra seis milhões de judeus europeus, dentre os quais um milhão morreu nesse campo entre 1940 e 1945.

Mais de 100.000 pessoas que não eram judias também foram assassinadas em Auschwitz-Birkenau