(Foto: Folha1) |
Filho de Garotinho (PR), Anthony Matheus usou as redes sociais para anunciar solidariedade ao pai na greve de fome anunciada nesta sexta-feira (15). Em vídeo, Anthony firma que o ex-governador “precisa ser ouvido” e garante que vai acompanhar o jejum até que um representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), “de preferência da corregedoria, vá conversar com ele”.
Garotinho foi preso no dia 22 de novembro em seu apartamento no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Ele foi levado para o quartel do Corpo de Bombeiros no bairro Humaitá, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de onde foi transferido para a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde estão outros políticos, como o ex-governador Sérgio Cabral, preso durante a Operação Calicute, e os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, detidos na Operação Cadeia Velha. Todos pertencem ao PMDB.
Após alegar ter sido agredido durante a noite, em uma ação não confirmada por agentes penitenciários, câmeras da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) ou laudo do Instituto Médico Legal (IML), Garotinho foi transferido para Bangu 8.
Durante a Operação Caixa D’Água também foram detidos o ex-subsecretário de Governo, Thiago Godoy (PR), o ex-secretário de Controle Orçamentário e Auditoria de Rosinha, Suledil Bernadino, e o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, o Toninho. Com exceção de Garotinho, todos se encontram detidos na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte.
Na mesma ocasião, foi presa, ainda, a ex-prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), que também é ré no processo. Ela chegou a passar pelo Presídio Feminino Nilza da Silva Santos, em Campos, e por Benfica, no Rio, mas recebeu habeas corpus do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A Corte, porém, impôs à ex-prefeita o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de deixar a capital.
Eles são acusados da prática dos crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais. A defesa nega. Na última sexta-feira, Garotinho anunciou uma greve de fome, 11 anos após usar o mesmo expediente contra acusações semelhantes.
Fonte: Terceira Via