(Foto: Reprodução) |
Uma equipe da Defesa Civil de São João da Barra inicia na tarde desta sexta-feira (11) o trabalho de demolição do Atafona Praia Clube. A medida foi determinada em decreto publicado no início de março. Também nesta sexta, a Defesa Civil já demoliu a “casa inclinada”, propriedade da família Salgado, que virou referência para turistas nos últimos meses. As duas construções ofereciam riscos de desabamento.
(Foto: Ralph Braz | Blog Pense Diferente) |
O Atafona Praia Clube marcou a história de gerações de turistas, veranistas e apaixonados pelo místico litoral de “águas douradas”. A erosão costeira, que castiga o balneário com maior intensidade desde a década de 1970, já levou mais de 15 ruas e inúmeros imóveis. O clube — que já foi distante do litoral — está desativado há, pelo menos, cinco anos. No Diário Oficial do dia 7 de março deste ano, a coordenadoria municipal de Proteção e Defesa Civil determinou a interdição do imóvel e intimou os proprietários para demolir as edificações no prazo de uma semana, sob pena ação coercitiva por parte do ente público municipal (demolição) e reparação ao erário público. Expirou o prazo e ninguém apareceu para derrubar “com dignidade” os escombros do clube.
Como ninguém apareceu para demolição, a Defesa Civil acionou o Ministério Público Estadual (MPE) e pediu autorização para fazer o serviço. Em maio, o MPE emitiu documento de nada a opor. A partir daí, a Defesa Civil esperou o momento de ter o maquinário apropriado para demolição.
Vai embora mais uma parte da história de Atafona, que perde dia após dia a briga com o mar. A interdição do imóvel se faz necessária — e não é de hoje — devido ao abandono do prédio e o risco de desabamento, já que curiosos ainda visitam o espaço para ver de perto o poder de destruição que tem as ondas do mar. Isso não dá para negar.
Fonte: Blog do Arnaldo Neto