A causa da proteção animal em Petrópolis conta com inúmeras ONGs e protetores independentes, alguns com mais visibilidade e outros com menos. Com as chuvas de fevereiro e março, que causaram impactos por toda a cidade, protetores animais que não eram tão conhecidos precisaram de ajuda e trouxeram à tona a necessidade de uma maior organização entre os voluntários da causa na cidade.
Pensando nisto, Simone Amorim, sócia da confeitaria Doces Húngaros e voluntária da Dog’sHeaven, organizou uma pesquisa a fim de planilhar os dados referentes ao número de protetores de animais em Petrópolis. Até o momento já foram mais de 50 novos protetores encontrados na cidade e, para participar, basta enviar uma mensagem para o Whatsapp (24) 99332-7072 ou acessar o link: https://shre.ink/mel.
Impactos das tragédias
A iniciativa tomou forma quando, uma semana após a tragédia do dia 15 de fevereiro, Simone teve um encontro com o protetor animal João Valois e o cientista Frank Alarcon, que faz parte do Instituto Luisa Mel, e sugeriu um levantamento dos animais que estavam sob algum tipo de proteção na cidade. “Somente assim poderíamos ter uma ideia da real situação da cidade, que antes já era dificílima, e piorou depois da tragédia. Como eu já trabalhei com pesquisa quando morava no Rio resolvi abraçar a causa”, comentou.
A coordenadora da Dog’sHeaven, Márcia Coelho Netto, acredita ser de extrema importância a participação de todos os protetores animais. “Com a questão da pandemia e agora duas calamidades tomamos conhecimento de vários protetores ‘invisíveis’ que faziam o trabalho quietinhos e, por vários motivos, foram atingidos e precisam de ajuda. Assim teremos estatísticas e poderemos fazer um gráfico da situação na cidade”.
De acordo com Simone, é necessário também que haja um plano de ação criado e executado em parceria com o poder público. “Essa também é uma questão de responsabilidade das prefeituras. Somente um protetor da cidade tem mais de 300 animais castrados e com a pesquisa estamos apurando que o trabalho de todos os protetores da cidade durante todos esses anos evitou um grande problema de superpopulação de animais abandonados”, finalizou.