domingo, 6 de dezembro de 2020

Lojas da Rua Teresa, em Petrópolis, têm horário estendido em dezembro


Com a chegada do fim do ano veio também a expectativa de que as compras de Natal sejam a luz no fim do túnel que o comércio precisa para se reerguer, depois de sofrer com os efeitos da pandemia da Covid-19. Neste sábado (5), petropolitanos, turistas e os conhecidos ‘sacoleiros’ encheram a Rua Teresa, no centro de Petrópolis, na Região Serrana do Rio.


A novidade é que, durante o mês de dezembro, as cerca de quinhentas lojas da Rua Teresa vão poder atender com horários diferenciados, depois de um acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores e o Sicomércio.



Neste sábado (5), petropolitanos, turistas e os conhecidos ‘sacoleiros’ encheram a Rua Teresa, no centro de Petrópolis, no RJ

“Nessa primeira semana de dezembro já percebemos um aumento nas venda. Os clientes estão se antecipando pras compras de fim de ano”, comentou a gerente de loja Suelen Thomaz.

Geralmente às segundas-feiras, os lojistas aderiam à Semana Inglesa, abrindo as portas só depois das 14h, mas até o final de 2020, o novo horário permite que, já no início da semana, as lojas abram às 9h e fechem às 18h. O horário já era praticado de terça a sábado.

Aos domingos, as lojas também podem funcionar, e embora o horário possa ser definido pelo proprietário, a maioria tem optado por trabalhar entre 10h e 16h.

Segundo a presidente da Associação da Rua Teresa, a empresária Denise Fiorini, cerca de 80% dos lojistas aderiram ao acordo. “Com essa flexibilização, não vai ter tumulto, não vai ter aglomeração. As lojas tão seguindo todos os protocolos, não têm deixado entrar muita gente. A gente sabe que os casos do novo coronavírus estão aumentando, mas não é o comércio que é o vilão. Dá pra seguir com segurança”, comentou.

As vendas de Natal e a Covid-19

O uso das máscaras e o distanciamento são obrigatórios em Petrópolis. A entrada é controlada na maioria das lojas, que disponibilizam álcool gel nas entradas e nos balcões. Algumas também têm aferido a temperatura dos clientes.

“A gente tá usando álcool gel e máscaras, higienizando os balcões e as peças, e limitando a entrada de pessoas. Só entram, no mínimo, três clientes de uma vez”, disse a vendedora Verônica Santos.

 Foto: Lucas Machado/Inter TV

Assim como os lojistas, quem visita a região para ir às compras também afirma que tem se preocupado. “A gente vem pra rua com álcool gel e várias máscaras, pra trocar de duas em duas horas, e se proteger”, contou a secretária Ana Elizabeth Andrade, que veio da capital fluminense fazer compras no maior polo de moda ao ar livre do estado do Rio de Janeiro.

O infectologista André Araújo explicou que, embora não seja impossível, é mais improvável que haja a permanência do vírus em tecidos. Para ele, o perigo pode ser maior na hora de experimentar as roupas.

“O que pode acontecer, que é mais frequente, são as pessoas provarem as roupas em ambientes fechados. Os provadores não têm circulação de ar, e eventualmente a pessoa vai tirar a máscara. Nessa situação, é possível haver a transmissão. Se a gente puder evitar provar roupa, é melhor”, ressaltou.