sábado, 25 de maio de 2019

Com salários atrasados, funcionários da Beneficência Portuguesa fazem manifestação e anunciam possível greve

(Foto: reprodução)
Funcionários do hospital Beneficência Portuguesa fazem uma manifestação na manhã desta sexta-feira (24) para reivindicar o pagamento de seus salários que estão atrasados há três meses. São aproximadamente 600 trabalhadores sem remuneração. Nesta sexta, apenas 30% dos funcionários mantém os atendimentos. Contudo, essa situação ainda pode levar a uma greve na próxima semana.

Segundo os manifestantes, eles não receberam dois 13º salários, as férias, além dos vencimentos de fevereiro, março e abril. A situação tornou-se ainda mais crítica após a Prefeitura de Campos cortar o repasse à unidade feito de notas de faturamento. Esse repasse não teria acontecido no dia 17 de maio, como de praxe, devido a um processo judicial aberto após o atraso salarial que bloqueou aproximadamente R$ 6 milhões e 900 mil; quantia essa que deveria ser repassada ao hospital. Funcionários ainda explicaram à equipe de reportagem que a Prefeitura de Campos teria uma dívida de R$ 10 milhões com a unidade.

De acordo com o presidente do Sindicato de profissional da Saúde de Campos, Carlos Morales, a população de Campos precisa saber qual a situação vivida pelos trabalhadores da unidade que se desdobram para manter os serviços ainda que não sejam remunerados por isso. “Mas esses profissionais não aguentam essa situação. O hospital está prestes a fechar se os pagamentos não forem efetuados. É importante lembrar que a Beneficência Portuguesa é essencial para manter o serviço de saúde no município”, afirmou ele no vídeo abaixo, em que também garante que, no momento, os pacientes emergenciais e internados estão recebendo o atendimento do qual necessitam.

Os manifestantes iniciaram o protesto na frente da Beneficência Portuguesa e seguiram pelo asfalto até a Secretaria Municipal de Saúde. Eles carregam faixas, cartazes e até um caixão para exigir que seus direitos trabalhistas sejam cumpridos.









Fonte: Terceira Via