(Fotos: Leandro Ferreira | Pense Diferente) |
Na manhã deste sábado(10), o advogado Leandro Ferreira, encontrou um Tamanduá-Mirim morto as margens da BR-356, antes da Rotatória do acesso ao Açu.
O advogado postou em seu perfil no facebook, relatando o acontecido.
Leia a baixo na integra:
"Hoje pela manhã na BR 356 antes da Rotatória do acesso ao Açu, presenciei um animal morto as margens da estrada. Num primeiro momento, achei que fosse um cachorro, mas fiquei encucado... pensei: "acho que vi um Tamanduá", mas aqui em S J da Barra...?!!! Votei e, eis que era sim, um Tamanduá as margens de nossa BR. Um lindo Tamanduá Mirim ou também conhecido como Tamanduá de Coleira.
Veja como é Rica a nossa Fauna e Flora Sanjoanense, com animais de várias espécies. Que possamos preservar a nossa Mata Atlântica para as gerações futuras e, realizar em nossa cidade uma catalogação de nossas riquezas naturais da Fauna e Flora."
Tamanduá-mirim
É uma das quatro espécies de tamanduás e junto com as preguiças está incluído na ordem Pilosa. São reconhecidas quatro subespécies. É um animal arborícola e pode ter até 105 cm de comprimento. É reconhecido principalmente por um padrão de pelagem que faz com que pareça que ele usa um colete preto, apesar de que essa coloração pode variar, com indivíduos totalmente pretos ou marrons. Possui longas garras nas patas anteriores, e caminha apoiando o peso sobre os pulsos dos membros anteriores, contrastando com o tamanduá-bandeira.
Pode ser encontrado em muitos ambientes, desde florestas até savanas, mas é predominantemente florestal, sendo encontrado com frequência em bordas de florestas, preferindo forragear nesses ambientes. São animais solitários, de hábitos que podem ser tanto diurnos quanto noturnos. Se alimenta preferencialmente de formigas e cupins, preferindo as castas reprodutivas de formigas, e não soldados. Seus predadores incluem felinos de grande e médio porte, como a onça-pintada, a suçuarana e a jaguatirica. Os filhotes são carregados nas costas da mãe, até que se tornem independentes, mas ocasionamento podem ser deixados em "ninhos".
Está listado como "pouco preocupante" pela IUCN. Apresenta distribuição geográfica ampla, e é relativamente abundante nos locais em que ocorre, apesar de já terem ocorrido extinções locais. Não parece haver grandes ameaças para o tamanduá-mirim, apesar de que a caça para alimento ou venda como animal de estimação, predação por cães representam perigo à sobrevivência das populações dessa espécie.
Também conhecido como tamanduá-de-colete por causa da mancha escura que tem no pêlo. Mede aproximadamente 1,35 m de comprimento e pesa cerca de 6 Kg. Possui cauda preênsil (o que facilita a sua permanência sobre as árvores), língua comprida e vermiforme que auxilia na captura de alimentos dentro de buracos (cupins, formigas) e seu terceiro dedo, dos membros anteriores, contém uma unha muito forte e cortante, em forma de foice. A pelagem é parda, com uma grande mancha negra que se inicia no pescoço, indo até o peito e estendendo próximo à cintura, lembrando um colete.
A gestação da espécie dura de 130 a 150 dias (4 meses e meio, mais ou menos). A fêmea gera apenas um filhote de cada vez, o qual anda agarrado nas costas da mãe até atingir 3 meses de vida. Os adultos podem viver até 9 anos.
Os tamanduás-mirins são encontrados somente na América do Sul em áreas florestais, matas (no Parque Estadual Pedra Branca, Rio de janeiro). Vivem em zonas próximas à água. Seu maior período de atividade é à noite, mas pode também ser observado nas horas crepusculares.
É um dos animais brasileiros ameaçados de extinção, devido à redução de seu habitat e a queimadas que eliminam sua fonte de alimento.
Divulgar a fauna nativa é muito importante, já que conhecendo melhor a espécie, as pessoas terão mais consciência para protegê-las.
Fonte: Pense Diferente