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| (Foto: Ralph Braz) |
Os motoristas da empresa Prime, que fornece ambulâncias para a Prefeitura de Campos, reclamaram que estão sem receber o salário referente ao mês de abril. Segundo eles, o pagamento deveria ter sido feito no dia 7 de maio, mas ainda não foi efetuado. Essa não é a primeira vez que isso acontece com os funcionários. Através de nota, a Secretaria de Administração e Gestão de Pessoas informou que já notificou a empresa para pagamento imediato.
A falta do salário chega a afetar também os familiares dos motoristas. A filha de um deles, que preferiu não se identificar, desabafou: “Meu pai está sem saber o que fazer. Temos conta a pagar e com o pagamento enrolado, acaba enrolando tudo. Eles só fazem promessas, mas não pagam. A última promessa feita foi para o dia 15 e nada”, disse.
Outro motorista, que também preferiu não se identificar, contou da preocupação que os trabalhadores têm em transportar vidas pensando nas despesas de casa. “Estamos fazendo o nosso serviço, mas também queremos receber em dia. É díficil trabalhar tranquilo transportando as pessoas que necessitam com os contas vencendo sem ter dinheiro para pagar”, comentou. A equipe de reportagem tentou entrar em contato com a Prime, sem êxito.
Em fevereiro deste ano, os motoristas chegaram a reclamar dos salários atrasados desde dezembro de 2014. Já em agosto de 2014, a categoria chegou a ameaçar cruzar os braços pelo mesmo problema. Em julho de 2014, os motoristas também reclamaram da mesma situação.
O caso das ambulâncias em Campos chegou a render uma multa do Tribunal de Contas do Estado para o secretário de Administração, Fábio Ribeiro, por conta não ter atendido à determinação do Tribunal, para que comprovasse as vantagens obtidas pelo município no contrato celebrado, em 2009, no valor R$ 13.899.600,00 pela Prefeitura de Campos e a empresa GAP Comércios Produtos Automotivos Ltda, para a locação de ambulâncias. A multa foi de R$ 6.779,75. A GAP foi a empresa contratada pela Prefeitura que deu início a novela das ambulâncias que dura mais de dois anos.
Fonte: Folha da Manhã
