terça-feira, 14 de outubro de 2025

Marinha interdita duas embarcações da Barcas Rio após vistoria pedida por deputado


Duas das cinco embarcações da empresa Barcas Rio foram interditadas na manhã desta terça-feira (14) após uma vistoria realizada pela Marinha do Brasil, com participação da Secretaria Estadual de Transportes, da Agetransp e Comissão de Transporte da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A ação ocorreu no Terminal do Cocotá, na Ilha do Governador, e foi solicitada pelo deputado estadual Marcelo Dino (União Brasil).

As barcas Gávea 1, que opera a linha Ilha do Governador–Praça XV, e Corcovado, responsável pelo trajeto Praça XV–Niterói, foram retiradas de circulação por apresentarem vazamento de óleo e ausência de condições mínimas de operação. Após as interdições, restam apenas três embarcações ativas na frota.
Irregularidades e riscos à segurança


Durante a inspeção, foram encontradas diversas irregularidades nas embarcações, incluindo falta de manutenção, ar-condicionado inoperante, ausência de acessibilidade adequada para pessoas com deficiência, e carência de equipamentos de primeiros socorros. Os fiscais também identificaram banheiros em condições precárias, bebedouros sem água e coletes salva-vidas mofados — falhas consideradas graves para a segurança dos passageiros.

A vistoria começou às 8h e teve como objetivo verificar as condições estruturais e operacionais da frota, diante das denúncias de usuários e da superlotação registrada principalmente na linha da Ilha do Governador.

Pedido de auditoria e ampliação de horários

O deputado Marcelo Dino, autor do pedido de vistoria, afirmou que solicitará à Secretaria de Transportes um estudo técnico para ampliar os horários da linha da Ilha, além de uma auditoria financeira na empresa responsável pelo serviço. Segundo ele, a Barcas Rio recebe cerca de R$ 2 milhões mensais da Prefeitura do Rio para operar o trajeto Praça XV–Niterói.

Com a interdição, a circulação de passageiros entre a capital e municípios da Região Metropolitana pode sofrer novos atrasos e sobrecarga nos horários de pico. A Marinha informou que as embarcações só poderão voltar a operar após a correção das irregularidades e a realização de nova vistoria técnica.