terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Quadrilha especializada em roubo de celular é alvo de operação


Pelo menos 150 policiais civis, militares e rodoviários federais, em mais de 30 viaturas, atuam desde as 6h desta terça-feira (11), para o cumprimento de 25 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha de roubo de celular que atua no município de Campos. A operação tem o apoio, ainda, do Ministério Público e da Guarda Civil Municipal.

De acordo com a polícia, a maioria dos mandados da Operação Quebrando a Banca é cumprida em Guarus, mas a ação também é realizada em Itaperuna e São Francisco de Itabapoana. Somente no Jardim Carioca, até o momento, dois homens foram presos. Na área central, a ação acontece no Shopping Popular Michel Haddad, onde são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. Dois permissionários foram detidos em suas casas. A operação no local é acompanhada pelo presidente da associação de permissionários, Sandro da Silva.


Sandro informou que foi solicitado pelo Ministério Público e pela Polícia Civil para acompanhar a ação desta manhã. “Foram meses e investigação e já chegaram com o mapa do Shopping Popular, com as bancas que seriam vistoriadas marcadas. Eles pediram que eu acompanhasse, para conferir que a atuação deles estava dentro lei, e realmente eles fizeram tudo conforme disseram que fariam”, explicou o presidente da associação.

Até agora, o Shopping Popular Michel Haddad continua fechado, com bancas sendo vistoriadas por policiais. O trânsito está lento no local. Dezenas de pessoas, entre permissionários e consumidores, se amontoam na avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão), aguardando a abertura do camelódromo.
O alvo da operação são integrantes de uma quadrilha que rouba, desbloqueia e negocia celulares. "Operação Quebrando a Banca porque quebra a cadeia da atuação desde o furto ou roubo até a negociação", ressaltou o delegado adjunto da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Pedro Emílio Braga.


— É uma operação de repressão a roubos se celulares, em que a gente busca atacar toda a cadeia, desde o momento em que o roubo acontece na rua, passando pelas pessoas que são responsáveis por desbloquear esses celulares, fazer a alteração de IMEIs (Identificação Internacional de Equipamento Móvel) e recolocar esses telefones no mercado, através da atuação do terceiro grupo, que é responsável pela comercialização. Foram pelo menos seis meses de investigação para conseguirmos delinear esse tecido organizacional e identificar essas diferentes células, que atuam de forma coordenada para fazer girar esse "mercado", que acaba ocasionando o aumento da criminalidade de rua — ressaltou o delegado.






Fonte: Folha da Manhã