Rio – Nada mais apropriado do que motoristas da cidade do Rio opinarem sobre quais radares devem ser desligados em razão da violência. O deputado Dionísio Lins (PP), vice-presidente da Comissão de Transportes da Alerj e autor da lei que determina a retirada dos equipamentos em áreas consideradas de risco, promove na Assembléia no próximo dia 13, às 10h, audiência pública com a finalidade de reunir informações para discutir a aplicação da lei, além do levantamento dos locais onde a incidência de casos é maior.
Na discussão, está confirmada a presença de representantes da Secretaria de Segurança, do Instituto de Segurança Pública (ISP), da OAB Trânsito, do Detran, das secretarias municipal e estadual de Transportes, do Ipem-RJ, Inmetro, sindicato dos taxistas, associações de motoristas e da prefeitura.
De acordo com o parlamentar, a lei tem a finalidade de proteger justamente os motoristas que circulam diariamente por esses locais e ficam expostos a assaltantes, que atuam em qualquer horário. O desligamento e retirada em definitivo dos pardais será feito em conjunto com os municípios, que providenciarão levantamento para apontar as áreas consideradas de grande risco.
Lins explica que o momento, de fragilidade na segurança, justifica a medida ainda que possa abrir caminho para o retorno de acidentes de trânsito. “Não queremos incentivar o desrespeito às leis de trânsito como o excesso de velocidade e o avanço de sinal; mas hoje os motoristas ao reduzirem a velocidade próximo aos equipamentos em áreas já conhecidas onde o número de assaltos, roubos e conflitos armados só faz crescer vitimando pessoas inocentes, acabam tendo que escolher entre ser roubado ou avançar o pardal e ser multado para garantir a segurança de sua família. Enquanto não houver uma mudança na questão da segurança pública esses equipamentos devem ser desativados ou retirados”, analisa o deputado.
O parlamentar lembrou ainda que, de acordo com o Portal Rio Transparente, em 2016 a arrecadação com multas de trânsito e com os radares somou o total de mais de R$ 240 milhões, sendo considerado o maior valor arrecadado desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro.
