Com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de respeitar e valorizar as mulheres, aconteceu na manhã deste sábado, em Campos, a “Caminhada pela Paz”. O ato foi iniciado na Praça São Salvador e seguiu, pela Avenida Alberto Torres, até o Jardim do Liceu. A Caminhada foi promovida pela Prefeitura de Campos, por meio da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, com o apoio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) e do programa Esporte Vida. O evento contou com a participação da subsecretaria de Políticas para Mulheres, Josiane Viana, da primeira-dama Tassiana Oliveira, da presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Auxiliadora Freitas, e da delegada da Deam, Madeleine Dykeman.
Durante a ação, pessoas, em sua maioria mulheres, gritaram palavras de ordem e exaltaram os nomes de Letycia e Flaviana, mulheres campistas que foram assassinadas por seus companheiros no início deste mês. No fim da caminhada, os participantes tiveram um momento de descontração com aula de dança.
Para Josiane Viana, mobilizações como esta reforçam que o combate à violência contra mulher é um dever de todos. “Para diminuir as estatísticas, a gente precisa estar unido. A missão não é só do município e nem das forças de segurança pública. Trabalhar com prevenção e educação, antes da repressão, é um caminho para a diminuição da violência”, disse.
Tassiana Oliveira falou sobre a união da sociedade e o papel do município no combate à violência contra as mulheres. “Toda a sociedade precisa se unir para quebrar essa cultura antiga de violência contra as mulheres. Wladimir sabe da importância disso, tanto que no início do governo ele implantou a Subsecretaria de Políticas para as Mulheres. Com isso, a gente tem hoje o Centro Especializado de Atendimento à Mulher Mercedes Baptista (Ceam), que faz um trabalho incrível de enfrentamento à violência”, disse.
Madeleine Dykeman ações de combate e conscientização devem coexistir para que os resultados sejam colhidos pela sociedade. “Nós entendemos que só a repressão não é suficiente. A ação preventiva, com informação e educação, somada a ação de combate da Deam, pode trazer bons resultados. A população precisa entender que todos nós precisamos juntar forças para combater esse mal que tanto assombra as mulheres”, disse.
A aposentada Shirzete Maciel fez questão de participar da caminhada. Para ela, os agressores precisam ser punidos com mais rigor. “Nós não somos objetos dos homens. As mulheres são guerreiras, trabalham, cuidam da família e não merecem nenhum tipo de violência. Nós vamos até o fim para que eles paguem pelos crimes de forma mais rápida e mais eficaz. A gente precisa viver em paz”, disse a aposentada.
Rede de acolhimento e apoio
O Centro Especializado de Atendimento à Mulher Mercedes Baptista (Ceam), oferece atendimento psicossocial às mulheres que sofrem violência, incluindo psicoterapia, em local adequado para acolhimento, com equipe capacitada e sensibilizada sobre a questão da violência de gênero.
A unidade possui espaços elaborados para terapia individual, terapia em grupo, triagem psicossocial, oficinas de trabalho, palestras e reuniões. Conta também com uma brinquedoteca para as atividades de acolhimento para as crianças que acompanham as mães durante os atendimentos. O Ceam fica na Rua dos Goytacazes, 257, no Parque Turfe Clube.