(Foto: GNA/Divulgação) |
A usina termelétrica GNA I, no Porto do Açu, em São João da Barra, precisou ser desligada no dia 20 de setembro — quatro dias após entrar em operação comercial —, depois de apresentar problemas técnicos com riscos para o sistema de fornecimento de gás, mas voltou a funcionar normalmente no dia 22 e opera à plena carga.
“Na segunda-feira, 20/9, a UTE GNA I passou por ajustes, comuns de início de operação comercial, retomando as atividades na quarta-feira, 22/9, para contribuir com o esforço do governo brasileiro para superar a pior crise hídrica dos últimos 90 anos”, informou a GNA, em nota.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou que a usina termelétrica GNA I regressou ao Sistema Interligado Nacional (SNI) desde as 22h04 dessa quarta-feira (22) e nesta quinta (23) já opera com todas as máquinas, totalizando 1300MW de geração verificada.
“O ONS ressalta que apesar desse desligamento não previsto, não houve impactos dessa ausência na geração de energia destinada a suprir as necessidades do Sistema Interligado Nacional”, informou o ONS, em nota.
A GNA I começou a operar comercialmente no dia 16 de setembro, contribuindo para a segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN). Com capacidade instalada de 1.338,30 megawatts (MW), suficiente para fornecer energia a 6 milhões de residênciasa, UTE GNA I, movida a gás natural, é a segunda maior usina termelétrica em operação no Brasil.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, ressaltou a importância do empreendimento. “A entrada dessa usina será muito benéfica para o setor, especialmente na atual conjuntura. A energia será injetada no sistema na região Sudeste, a mais castigada com a estiagem dos reservatórios”.
Além da UTE GNA I, a GNA irá construir a UTE GNA II, com 1.672 MW de capacidade instalada, suficiente para fornecer energia para 14 milhões de residências. Com 3GW de energia assegurados em contratos de longo prazo e 3,4 GW adicionais de expansão licenciada através dos projetos GNA III e GNA IV, o Complexo de 6,4 GW é o maior da América Latina e inclui um terminal para movimentação de Gás Natural Liquefeito (GNL) onde está atracada a FSRU BW MAGNA, com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia.
A localização estratégica do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de gás offshore, à malha de gasodutos terrestres e ao circuito de transmissão 500 kV de energia possibilitará a expansão do hub de gás e energia a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre o setor de gás com setores elétrico e industrial, desempenhando papel relevante e estratégico no desenvolvimento socioeconômico do País nos próximos anos. O investimento total planejado para o complexo de gás e energia da GNA é de cerca de USD 5 bilhões.