sexta-feira, 19 de março de 2021

Pandemia: classe artística pede socorro à prefeitura de Campos

(Trianon / Foto: Ralph Braz | Pense Diferente)

O músico campista Chico Purê iniciou nas redes sociais um movimento que vem ganhando reforço de toda a classe artística de Campos. Ele sugere, que neste momento complexo da pandemia do novo coronavírus, o governo municipal crie o projeto "Live remunerada"; uma espécie de auxílio, onde os artistas também teriam o palco do Teatro Municipal Trianon, templo da cultura na cidade, para realizar lives.

E explica no manifesto: "Neste período de pandemia, os músicos foram drasticamente afetados e precisam de apoio. Vamos todos encaminhar aos órgãos competentes para que seja criado um projeto de lives remuneradas no palco do Trianon com apoio da Prefeitura de Campos e da iniciativa privada, juntamente com os meios de comunicação do nosso município".

O ator Pedro Fagundes abraça a iniciativa de Purê. De acordo com ele, todos os artistas estão passando por esta situação delicada. "Músicos, atores, dançarinos, artistas plásticos, carnavalescos, técnicos, artesãos, todos estão passando por muitas dificuldades financeiras, sem ter como ganhar e vender o seu trabalho. Então, essa mobilização visa sensibilizar a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (Auxiliadora Freitas), junto ao prefeito Wladimir Garotinho, para que a gente consiga pelo menos um ato de apoio aos artistas, nesse momento difícil para todos e, principalmente, para nós que fomos os primeiros a parar", disse.

Inicialmente, ainda não há formalização de um documento para ser levado ao prefeito, o que também não está descartado. O grupo busca, por agora, sensibilizar e chamar atenção para o problema.

Fagundes lembra que alguns artistas conseguiram incentivo através da Lei Aldir Blanc (via Sistema Nacional de Cultura), mas, à época, a burocratização e a infinidade de documentos exigidos levarammuitos a desistirem e outros tiveram seus projetos negados. "Isso tudo só veio agravando a situação dos artistas de Campos e sem incentivo da Prefeitura, através da Fundação, está cada vez mais complicado", ressalta.

Para Fabrício Simões, até esta sexta-feira (19), titular da Câmara Técnica de Teatro, no Conselho de Cultura, o movimento ingressando pelo músico Chico Purê tem que ser para todas as áreas culturais do município. "Sempre lembrando que o mundo passa por essa gigantesca crise sanitária", disse, informando que hoje, segundo cadastro, são 338 artistas na cidade e 108 entidades.







Fonte: Folha da Manhã