O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro, participou da reunião no Gabinete de Crise da Covid-19 com representantes da sociedade civil, Ministério Público e Governo Municipal, nesta sexta-feira (19). A evolução acelerada da Covid-19 em Campos e a ocupação de 100% dos leitos públicos e privados de UTI fizeram com que as autoridades optassem pelo lockdown que entra em vigor a partir deste sábado (20) até o domingo (28).
“Todos sabem, nós da classe produtiva sempre fomos contra ao lockdown, pelo risco de queda de receita e desemprego. Mas, na atual situação do nosso Sistema de Saúde que está no limite máximo com todos os leitos de UTI ocupados, e pacientes na fila aguardando vaga, não temos outra opção. Para evitar um colapso, pedimos compreensão da população, que evite aglomerações. No transporte público, deve-se usar máscara e reforçar a higienização. O momento é para conscientização de todas as pessoas. Todos têm que fazer a sua parte”, disse Leonardo.
A reportagem do Terceira Via entrou em contato coma presidência da Câmara dos Dirigentes Logistas de Campos (CDL) nesta sexta-feira (19), para saber sobre o posicionamento da entidade a respeito do fechamento do comércio nos próximos dias. Para o presidente da CDL, José Francisco Rodrigues, o momento é crítico. “Vemos que o fechamento do comércio é inevitável. O mais importante é preservar a vida humana. Todos precisam de reclusão, principalmente os jovens. É preciso mais cuidado nos meios de transportes, bancos, e na própria rua.”, disse.
No site da CDL, há a defesa do protocolo sanitário, com o uso de álcool gel ou álcool 70, além da aferição da temperatura de todos que entram nas lojas, exigência de uso de máscara e um rigoroso distanciamento entre os consumidores.
“Os comerciantes não consideram que os estabelecimentos sejam áreas de risco para as pessoas contraírem a Covid-19, exatamente pelo elenco de medidas tomadas. A preocupação é que um fechamento agora, traria problemas como o pagamento de tributos, entre outros, além da premente possibilidade de cortes de pessoal, ou seja, demissões, o que o setor tem evitado ao máximo”, informou a publicação.
Fonte: Terceira Via