quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Cantor Belo é preso por fazer show em escola pública durante pandemia

(Foto: reprodução Rede Globo)

Nesta quarta-feira (17), a Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPOL), por meio da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), prendeu o cantor Belo durante a operação ”É o que eu mereço”.

A ação foi em cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça contra os responsáveis por promover a invasão e realização de um show, em meio a pandemia da Covid-19, na escola Ciep 326 Professor César Pernetta, localizada na comunidade Parque União, no Complexo da Maré.

De acordo com policiais, uma produtora de eventos, por meio de seus sócios e administradores, realizou e promoveu um show musical, que durou até a manhã do último sábado (13/02), sem autorização da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), onde houve grande aglomeração de pessoas e risco de propagação e contaminação do coronavírus.

“Como se tal situação, por si só, não fosse absurda e suficiente para uma resposta do estado, foi verificado junto à Seeduc que o evento ocorreu sem qualquer autorização, configurando verdadeiro esbulho/invasão de um prédio público para a realização de um evento privado, contrário ao interesse público e que serviu para propagar ainda mais a doença viral”, disse o titular da DCOD, delegado Gustavo de Mello de Castro.

De acordo com a DCOD, a invasão de um estabelecimento de ensino, localizado na comunidade Parque União, uma das áreas mais conflagradas do estado, onde a maior organização criminosa do Rio de Janeiro atua, somente poderia ocorrer com a autorização do chefe criminoso da localidade.

“Verifica-se que o cenário desenhado é um dos mais absurdos possíveis, na medida em que o “evento contagioso” não foi autorizado pelo Estado, mas pelo chefe criminoso local, que também teve a sua prisão preventiva decretada”, afirmou Gustavo.

Além da realização das prisões, a Justiça ainda decretou a suspensão das atividades da sociedade empresária e bloqueio das contas bancárias dos investigados, até que se apure os prejuízos causados pela conduta criminosa.







Fonte: Terra / G1