Para a felicidade de amigos, fiéis e admiradores, o padre Élio da Silva Athayde, de 82 anos, recebeu alta do hospital particular em que estava internado na manhã desta sexta-feira (31). Ele recebia atendimento médico na unidade desde o dia em que foi esfaqueado dentro do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizado na rua Visconde de Itaboraí, no Parque Rosário, em Campos.
O pároco voltou para a igreja nesta sexta. Ele chegou em um carro e, quando desceu, recebeu abraços e carinho. Como foi recomendado pelos médicos, o redentorista está em repouso. As visitas só serão permitidas a partir da próxima segunda-feira (3). De acordo com pessoas próximas ao idoso, ele está bem e está sendo medicado para que se recupere o mais rápido possível. "Ficamos muito felizes com o retorno dele. É muito querido por todos nós da igreja. Ainda bem que nada de pior aconteceu. Estamos em festa com a volta dele e esperamos que esse tipo de crime não volte a acontecer", afirmou José Carlos de Souza, que frequenta o Convento.
Padre Élio teve uma perfuração no pulmão e foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros para o Hospital Ferreira Machado (HFM), de onde foi transferido para a unidade hospitalar. O autor do crime é um homem que vigiava carros e que foi preso, pouco depois da ação, na Avenida Nilo Peçanha.
O crime chocou os campistas: o homem pediu dinheiro ao padre Élio, que afirmou não ter a quantia para dar. Em seguida, ele foi esfaqueado. A faca ficou cravada nas costas da vítima. A ocorrência foi registrada na 134ª Delegacia de Polícia (Centro). Antes de receber alta, o religioso passou por uma drenagem torácica no HFM e, desde então, após ser transferido para uma unidade particular, estava internado em estado estável.
O padre mora no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro há aproximadamente quatro anos e é emérito, ou seja, é aposentado e não realiza atividades na igreja. Ele nasceu em 10 de dezembro de 1935, em Congonhas, no estado de Minas Gerais. O pároco recebeu a ordenação sacerdotal na Congregação Redentorista, na Província de Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1961. Ele começou a vida religiosa em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais. Posteriormente, voltou para Congonhas como professor de português, francês e música. Nos últimos anos, já no Rio de Janeiro, ele viveu em Angra dos Reis e Seropédica.
Fonte: Folha da Manhã