quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Delator da Fetranspor diz que pagou R$ 450 mil a Crivella em 2010 e 2012


Um dos delatores da Operação Cadeia Velha afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) que fez pagamentos num total de R$ 450 mil, entre os anos de 2010 e 2012, para o prefeito do Rio, Marcello Crivella, conforme informou a TV Globo. O dinheiro saiu do Caixa 2 da Fetranspor, foi entregue a um intermediário do prefeito num escritório que funcionava como comitê de campanha. Em 2010, Crivella se elegeu senador, e em 2012 ele não disputou eleição.

Marcello Crivella nega as "absurdas"acusações e diz que está sendo acusado por ter vetado aumento das passagens de ônibus.

O delator é Edimar Dantas, que trabalhava para o doleiro Álvaro José Novis, o operador do esquema da Fetranspor de pagamento de propina e doações eleitorais não declaradas a políticos. Ele afirmou aos procuradores que, nos anos de 2010 e 2012, fez cinco pagamentos em dinheiro vivo, num total de R$ 450 mil, a Mauro Macedo, que foi tesoureiro de antigas campanhas de Crivella. Todos os repasses foram feitos pessoalmente num escritório na Candelária, onde funcionou comitê de campanha de Crivella em 2010.

Dantas afirmou que a ordem para os pagamentos foi de José Carlos Lavouras, um dos diretores da Fetranspor, que teve a prisão decretadas nas operações Ponto Final e Cadeia Velha e está foragido em Portugal. O delator deu datas e até horários dos momentos em que pagou. Naa planilha que entregou ao MPF, estavam identificados quatro pagamentos de R$ 100 mil cada um, e teria havido ainda um quinto repasse, de R$ 50 mil.

O prefeito Marcello Crivella, em nota à TV Globo, afirmou que as acusações são uma "infâmia", "absurdas" e que só estão ocorrendo porque ele proibiu o aumento na tarifa dos ônibus. Ele disse ainda que suas campanhas eleitorais sempre foram "as mais modestas". A Fetranspor disse que não comenta investigações em curso.





Fonte: Extra