domingo, 26 de novembro de 2017

Cidade da Criança e da propina: "Braço armado" de Garotinho construiu a Cidade da Criança

(Foto: Ralph Braz || Pense Diferente)
A semana da política campista e nacional foi marcada pela deflagração da operação Caixa d’Água, que levou para a cadeia os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, além de empresários locais, e revelou um esquema de propinas dentro da Prefeitura de Campos que seria comandado por Garotinho e possuía até um braço armado, que seria o empresário e policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, conhecido como Toninho, e que usava arma de fogo para extorquir empresários, segundo as investigações. Toninho também foi preso e, segundo a denúncia do Ministério Público, ele seria sócio da empreiteira Ribeiro e Azevedo Construções Ltda, que ganhou várias licitações durante a gestão Rosinha, uma delas foi para construir a Cidade da Criança junto com outras duas construtoras. De acordo com as delações, 10% do valor de todos os contratos de obras no município voltavam em propina para Garotinho, que teria arrecadado R$ 1,7 milhão só na polêmica obra feita também por Toninho.

Inicialmente orçada em R$ 10,5 milhões, a obra demorou três anos para ser concluída e foi inaugurada no dia 22 de dezembro de 2015. Depois de diversos termos aditivos, terminou custando R$ 17 milhões aos cofres públicos e ainda ganhou o apelido de “Disney campista” pela então vereadora rosácea Auxiliadora Freitas (PHS), enquanto obras importantes como o Hospital São José, nunca foram finalizadas.

Além da Cidade da Criança, a Ribeiro e Azevedo ganhou diversas concorrências para obras menores, como a recuperação de ruas e estradas em Travessão e na região do Imbé, abertura do canal Boa Vista, reforma do campo de futebol de Lagamar e manutenção das estruturas dos Centro de Referência da Assistência Social (Cras) e abrigos como o CentroPop e a Casa de Passagem.






Fonte: Folha da Manhã