(Foto: Ralph Braz | Pense Diferente) |
Ao mesmo tempo que não consigo entender fico demasiadamente a tentar entender que medida a crise econômica nacional afetou ou irá afetar o discurso dos candidatos a prefeito? Caberá aos políticos municipais testar o grau de confiança da população quanto às promessas de campanha, depois de uma presidente reeleita ter passado quase todo o ano de 2014 propagandeando um cenário falso para garantir o voto do brasileiro.
Já há alguns meses governadores e prefeitos têm afirmado que a redução nos repasses federais é o principal motivo para a falta de obras ou, e principalmente, a descontinuidade de alguns projetos esperados pela população. Qualquer promessa de campanha baseada em verba federal, portanto, será ancorada em quê? O que mais aparece inadmissível a falta de organização, planejamento e conhecimento de gestão que impera em nosso município. Pois, a chamada “crise” era prevista em meios a um aumento na arrecadação em quase 600%. Para onde esta indo a arrecadação do ISS de São João da Barra?
Nesta falta de perspectiva de dias melhores para a economia nacional e municipal, a crise afetará também o candidato da oposição.
Mas o que realmente me estranha, seria o potencial de um grande investimento que não há mais como retroceder e prospecção para aproximadamente obras nos próximos quarenta e cinco anos. Será que o Prefeito de São João da Barra e demais assessores sabem e tem uma vista ampla de todo esse crescimento? Será que os mesmo caminham junto com a iniciativa privada?
E se não tem dinheiro – e o povo já percebeu isso, nem adianta ficar prometendo.
Porque o povo esta cansado e espera que o governante faça com a máquina pública municipal o que cada um tem feito em sua própria casa: economia para não deixar faltar o básico. Mas não é o que vemos em São João da Barra. Desde o início deste governo temos nomeações e mais nomeações, onde deveria ao meu ver cortar cargos de confiança e empregos politiqueiros que nada somam para o municipio.
Acredito que estas eleições de 2016, será atípica porque o candidato a prefeito não pode prometer mudanças na economia. E aquele que nada fez onde teve oportunidade de fazer nesses três anos e meio, não terá uma bola de cristal. Isso é conversa de candidato a presidente da República. Essa dependência extremamente nociva é denunciada ano após ano, sem que nada mude. Bastando saber a diferença de um bom gestor para um mal gestor. Uma vez que para que uma empresa continue dando certo, algumas medidas em alguns momentos de sua vida financeira deverão ser feitos. Mesmo sabendo que o corte na carne é necessário.
Acredito também que para alguns, com uma dinâmica municipal diferente da nossa, essa também será a campanha municipal que considerará mais o partido político do candidato. E que o cenário nacional, sobretudo no que diz respeito aos escândalos de corrupção, será citado frequentemente e levado em conta pelo eleitor. Em São João da Barra não é isso que acontece.
Porém, em outras disputas, o povo irá considerar o candidato, sem se basear muito em siglas.
A prudência na hora de fazer as promessas deve ser, então, o ingrediente principal da campanha, porque qualquer excesso ofenderá o eleitor, cansado de ver os políticos ‘inventando a roda’ a cada dois anos e, quando eleitos, culpando a crise que eles mesmo construíram para a inércia que mata, metaforicamente e também na realidade.
Por isso, os candidatos de 2016 serão obrigados a encarar um eleitor mais crítico e furioso com todos os políticos, independente de ideologia ou posicionamento diante dos governos vigentes. Em tempos assim, espera-se uma abstenção maior, além de um aumento de votos brancos e nulos. O que seria um erro. Pior do que escolher errado é se omitir na hora de utilizar a única ferramenta dada à população, o voto.
A tentativa de reeleição do prefeito Neco também abre a possibilidade de que a campanha tenha um perfil desgastante e triste, embora a crise causada por este governo, que reduziu a possibilidade de investimentos e crescimento, talvez faça o PMDB se afastar dessa proposta. Caberá ele que exerce o poder hoje se reinventar, adequando as promessas passadas que não foram cumpridas à realidade de um País que enfrenta uma recessão. Sabendo os Sanjoanenses que nem obras que ficaram a ser concluídas do governo Carla Machado ainda não terminaram e não são usadas em beneficio do povo. Podemos verificar o posto de saúde de Palacete ainda sem conclusão; os demais postos de saúde; escolas; asfaltos; ruas; praças; quadras de futebol com ausência de manutenção.
A realidade dos convênios de saúde que estão parados. O não aproveitamento real e notório de uma instituição como a Santa Casa para fins de ampliação adequada de serviços médicos-hospitalares. Uma gestão plena de saúde totalmente desorganizada e sem índices e mapeamento de suas doenças e seus quantitativos. Uma farmácia de envergonhar um visitante. Não há medicamentos básicos e muito menos de processos. Uma vergonha itinerante de tantas demandas judiciais e um total descaso com a vida alheia. Cargos e pessoas preocupadas com seus egos e frustrações ao invés de assumir uma realidade e não ficar de historinha de conto de fadas, sacrificando vidas em centros de emergência.
Aquele que buscará o voto para vereador também não deve esperar um cenário tranquilo. O Legislativo é alvo natural das críticas porque para muitos é visto como um poder perdulário, com poucos resultados práticos. A bagunça que se transformou a Câmara Federal e a falta de iniciativa e os casos de corrupção que também impregnaram o Senado contribuem para essa imagem desgastada dos
parlamentares.
Em meio a um cenário de incertezas, uma coisa é certa: toda baixaria será castigada. Quem chegar na disputa pensando apenas em jogar pedras pode se preparar para entrar para a história como mero coadjuvante.
O protagonista supérfluo desta história em que participará da disputa para Prefeito de São João da Barra é o que sente a sensação de poder imediato. Mas a sensação é mera ilusão do que anseia e deseja a população. O Sanjoanense não acredita mais no governo atual e quer uma mudança imediata, com a confiança em quem já mostrou que pode se fazer acreditar. As “malas de cifrões” não mais enchem os olhos e trazem sonhos ao cidadão, pois, este mesmo esta cansado de ser feito massa de manobra e criar uma perspectiva momentânea de melhora de vida. O mesmo esta mais preocupado com seus descendentes e com uma política que traga benefício a curto e longo prazo. Há de convir, que para isso, um bom governante deve se juntar a técnicos que pelo menos tenham uma história no município e que saibam amar ao próximo e não fazer da política seu meio próprio de sobrevivência.
Os Sanjoanenses estão tristes e sem brilho nos olhos...
Concluo, deixando minha convicção de que o povo já esta cansado do velho, e, do que não deu certo. Eles apostam e querem o que deu certo e evoluiu a sociedade.
E aqueles que somente se serviram de “vacas de presépio” perderão a sua vez. Enfim, em São João da barra esta faltando o básico. O “feijão com arroz”. O que dirá acreditar em mais alguma promessa deste governo demagogo; oportunista; repreensor e perseguidor? Agora deixo a mensagem final: Os sanjoanenses querem mudança já.
Fonte: Pense Diferente